22 de abril de 2025

REPELENTE é opção eficaz contra doenças transmitidas por insetos

Os vetores, como algumas espécies de mosquitos e carraças (pequenos parasitas aracnídeos da mesma família dos carrapatos) são organismos vivos que transmitem doenças infeciosas causadas por bactérias, vírus ou parasitas.  As doenças transmitidas por estes insetos compreendem uma longa lista, como a dengue, a febre amarela, a febre do vírus zika, a febre chikungunya, entre outras.
Muitas destas doenças encontram-se confinadas às regiões tropicais e subtropicais, mas hoje em dia, com as alterações climáticas e com a mobilidade de pessoas e mercadorias pelo mundo, de uma forma global, estas doenças espalham-se, por haver as condições propícias a sua propagação. Evitarem-se as picadas dos insetos, vetores destas doenças, é um dos principais modos de prevenção destas patologias.
Para isso, os repelentes de insetos, uns de origem natural e outros de origem sintética, atuam evitando as picadas dos insetos, essencialmente pelo cheiro que emanam, afastando-os, repelindo-os. A eficácia destes repelentes, contudo, depende da sua concentração na formulação, da idade do utilizador, do grau de transpiração; enfim, das características individuais. As temperaturas e umidade elevadas dificultam a evaporação do inseticida contido no repelente, tendo por isso que se aumentar a percentagem utilizada na formulação, para que haja eficácia.
DEET (dietiltoluamida) é o repelente mais estudado e mais utilizado nas formulações de repelentes, por ser o mais eficaz. Na maioria das circunstâncias, é eficaz em concentrações entre 10% e 35%. O produto deve ser aplicado a cada seis horas. O DEET é bem tolerado, mas deve ser aplicado em pele sã, sem cortes, nem outras lesões e longe da zona dos olhos e da boca.
Os produtos com DEET podem ser aplicados em crianças a partir dos seis meses de idade, mas em baixa concentração; devem-se respeitar os rótulos e as indicações do laboratório, para o uso adequado e seguro. Os produtos com DEET podem causar danos nas roupas e também em acessórios com plástico, como por exemplo em óculos ou relógios. Quando se usa o DEET e simultaneamente um protetor solar, deve ter-se em consideração que se deve aumentar o índice de proteção solar do protetor.
Icaridina é um outro inseticida, de origem vegetal, também eficiente e seguro. Contudo, é menos eficaz do que o DEET e deve ser aplicado a cada quatro horas. Citronela é outro inseticida natural, mas que não é eficaz quando o vetor de transmissão são as carraças. Na hora de dormir, o ideal será tomar-se banho, lavar-se a roupa que se usou simultaneamente com o inseticida e usar-se outras formas de proteção, como sejam as redes mosquiteiras ou os repelentes ambientais. Crianças com menos de seis meses ou pessoas intolerantes aos repelentes devem ser protegidas com redes mosquiteiras e com roupas que cubram o corpo, mas frescas. (Texto: Maria Leonor Castro e Silva/Farma&Farma Farmácia Popular Campeche).