2 de setembro de 2024

SEGREDOS da higiene íntima para afastar risco de fungos e infecções

Muitas mulheres, sexualmente ativas ou não, apresentam sintomatologia que pode demonstrar que há algum estado infecioso ou pelo menos, de desequilíbrio, na sua zona íntima. O ph vaginal equilibrado e o estado adequado de hidratação evitam infeções bacterianas e fúngicas. O ph , em química, é uma escala numérica em que se escala um ambiente em ácido, básico ou neutro. A flora vaginal, constituída por lactobacilos, produz ácido láctico e peróxido de hidrogénio o que faz com que a vagina tenha um ph ácido.
Há alguns fatores que podem desequilibrar o ph vaginal, como por exemplo, alguns alimentos que se ingerem. São exemplo, o excesso de açúcares, a pimenta, o café em excesso, as azeitonas, entre outros. As mulheres, ao longo da vida, acabarão por identificar esses alimentos. Podem causar o mesmo dano, alguns antibióticos e o stress emocional. Tal como já se disse, o ph vaginal na idade adulta é ácido, sendo alcalino apenas na altura da ovulação, para coincidir com o ph alcalino do esperma e facilitar a fecundação. Na infância e na menopausa, o ph vaginal também é alcalino, pela ausência de estrogênios.
Para a manutenção da saúde da zona vaginal, o ideal é se dormir sem roupa interior, não se deve permanecer muito tempo com roupa molhada, deve-se usar roupa interior de algodão, por ser uma fibra natural e nunca optar por fibras sintéticas. A região anal e genital deve ser limpa sempre da frente para trás, porque alguns micro-organismos próprios dos dejetos e da zona retal, tornam-se patogênicos quando colonizam a área vaginal. A higiene deve ser feita com água corrente e tépida, ou seja, nem muito quente, nem muito fria e vinda diretamente da torneira. As formulações, sejam na forma de sabonetes sólidos ou sabonetes líquidos, devem ser suaves e respeitarem o ph vaginal, próprio da idade da utilizadora.
Muitos dos produtos de higiene são enriquecidos com probióticos que ajudam nas defesas da zona vaginal, ajudando a repor a flora local e por vezes os extratos naturais utilizados têm também uma ação protetora como a glicina (aumenta as defesas), o extrato de camomila (descongestionante), o jasmim (relaxante), aloé vera (hidrante e antisséptico ), o óleo de côco e o óleo de melaleuca (antifúngicos) e ainda o bartimão, que tem uma ação anti inflamatória.
Para as mulheres que sentem necessidade do uso diário de acessórios absorventes, devem escolher os hipoalérgicos e devem mudá-los com frequência, para que a zona vaginal não fique úmida e com odores, situações propícias a desequilíbrios que podem levar a estados infecciosos. (Texto: Maria Leonor Castro e Silva/Farma&Farma Farmácia Popular Campeche)