2 de setembro de 2024

COM nome fortes no páreo, eleição na capital sinalizava segundo turno

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Se nenhum meteoro político de grande ou pelo menos média intensidade desabar sobre a cidade até a reta final do primeiro turno das eleições municipais, previstas para acontecerem no dia 06/10, a definição do nome do gestor que comandará a capital catarinense no quadriênio 2025-2028 deve ficar mesmo para votação em segundo turno, três semanas depois, no dia 27/10. Após uma eleição a prefeito ‘tranquila’ em 2020, decidida em primeiro turno , o futuro gestor da capital precisará portanto passar por um confronto direto, o inevitável mata-mata, para conquistar o cargo.
Confronto esse que terá ainda características inéditas, já que nenhum dos contendores se enfrentaram diretamente em qualquer pleito eleitoral anterior. A dúvida que paira, nesse momento, é sobre quem os eleitores conduzirão ao segundo turno dentre as nove candidaturas dispostas no tabuleiro eleitoral, pelo menos cinco delas com densidade eleitoral que lhes permite sonhar com a vaga. Os candidatos são: Topázio (PSD), Marquito (PSol), Dário (PSDB), Lela (PT), Pedrão (PP), Portanova (Avante), Carlos Muller (PSTU), Brunno Dias (PCO) e Mateus Souza (PMB).
As pesquisas anteriores à definição oficial dos candidatos, que apontavam possível decisão em primeiro turno no limite dos números, tendem a sofrer alterações com o início efetivo da campanha eleitoral, impulsionada pelo tradicional horário eleitoral gratuito, a partir de 30/08.  Apesar de confortável dianteira que mantém sobre os demais competidores, conforme as pesquisas, graças a sua exposição como atual gestor da cidade e com a candidatura posta há um bom tempo, é possível que o candidato Topázio tenha consolidado um patamar e alcançado seu teto.
Com isso, o mais provável é que os votos flutuantes e dos indecisos migrem para as demais candidaturas que começam a ganhar visibilidade a partir de agora, principalmente as quatro mais fortes – Dário, Marquito, Pedrão e Lela – estabelecendo os patamares das mesmas e definindo quem irá para o turno final. O atual prefeito e candidato à reeleição mantém a condição de favorito para estar lá, segundo analistas políticos, mas não será um passeio no parque, como foi possível verificar no primeiro debate televisivo, promovido pela NSC TV, no dia 16/08, que teve momentos acalorados.
O debate também mostrou que não existe galinha-morta entre os competidores, com participações sólidas e até surpreendentes dos principais concorrentes, Marquito, Dário, Lela e Pedrão. Se confirmar o lastro sinalizado nas pesquisas e estiver no segundo turno, contudo, a candidatura Topázio entrará forte no mata-mata, bastando trabalhar para manter seu estofo. Ao adversário, em apenas 21 dias, caberá a missão de angariar o apoio e os votos dos demais derrotados e ainda tirar alguns do líder para tentar virar o jogo, naquela que é conhecida por muitos como uma ‘nova eleição’, o segundo turno.
O eleito que assumir a Prefeitura da capital em janeiro será o 76º mandatário da história do município desde a Proclamação da República há 135 anos. Será também o 10º eleito pelo voto direto desde a retomada das eleições diretas para prefeito da capital, em 1985. Florianópolis é a segunda cidade catarinense em número de eleitores, só atrás de Joinville, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi, entanto, a cidade que registrou o maior incremento de eleitores nos últimos quatro anos em Santa Catarina. Estão aptos a votar na capital neste ano, conforme o TSE, 410,8 mil eleitores, contra 357 mil em 2020, num crescimento de 15% em quatro anos.

FOTO-LEGENDA
Da esquerda para a direita, os candidatos Topázio, Portanova, Marquito, Lela, Dário e Pedrão.  Entre eles, ao centro, os três jornalistas da NSC TV condutores do debate.
(Foto cedida: Lucas Amorelli/Diário Catarinense/Divulgação/JC)
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