O sol emite radiações que são responsáveis pelo aquecimento da terra e consequentemente, pela existência da vida. Essas radiações são filtradas, sendo o maior responsável o ozônio, um gás existente na estratosfera. Chegam até nós radiações ultravioletas A (UVA) e ultravioletas B (UVB). Durante todos os meses do ano, recebemos radiações UVA e UVB, mas a maior incidência acontece nos meses de verão e nos países da zona equatorial.
Mesma após a passagem do verão, no entanto, é necessário muito cuidado para que as radiações não provoquem danos cutâneos que podem chegar ao ponto de originarem células cancerosas. Há que usar protetor solar com um Fator de Proteção Solar (FPS) adequado a cada tipo de pele. Quanto maior o FPS, maior a proteção e, por conseguinte, maior o tempo de exposição solar a que a pele se pode sujeitar. num dia de sol pleno e praia há que se ter atenção que além da incidência direta do sol; há que se considerar as radiações refletidas pelos minerais constituintes da areia e as radiações refletidas pela superfície da água.
Num dia enovoado, há que ter cuidado porque as gotículas de água que constituem as nuvens, também refletem as radiações e as pessoas por acharem que o ambiente está mais fresco e úmido, podem não usar o grau de proteção adequado. Por isso, há mais dois fatores a considerar, além das radiações diretas, as refletidas pelas gotículas existentes na neblina e pela pouca perceção do aquecimento.
As pessoas devem renovar a aplicação do protetor solar, durante a exposição ao sol, no mínimo de três em três horas. Devem usar um fator de proteção solar mais alto se tiverem a pele clara, se forem crianças ou idosos e se estiverem ao sol entre as 10h e 16h. Também há que atender às zonas da pele que sofreram lesões (cicatrizes) ou que têm sinais. Estas zonas devem ser protegidas com o maior FPS possível, como um écran total, para que haja um completo bloqueio da incidência de radiações, nas zonas a proteger.
Outra zona a ter especial atenção é a zona do couro cabeludo quando está desprovido de proteção capilar (calvície ). Muitas vezes, o peito dos pés é igualmente esquecido de ser protegido, há que se colocar protetor solar nessa zona. Dentro dos produtos com o mesmo FPS, há formulações próprias para peles oleosas, para peles atópicas e muito secas e até formulações amigas do ambiente, exigidas em locais, como piscinas, lagoas e eco-resorts. Atenção também à proteção labial que deve ser muito alta.
Após a exposição solar, há que se hidratar a pele, havendo no mercado leites corporais, cremes, loções e algumas formulações enriquecidas com agentes regeneradores como vitaminas A ou E, aloé vera e colagêno, entre outros. Há que beber bastante água para reidratar a pele, também de dentro para fora. Em peles maduras, pode-se reforçar a nutrição para se obter um efeito antirrugas. No caso de pessoas que prefiram deslocar-se para países onde se pratiquem desportos de inverno, os cuidados são semelhantes, porque o sol emite as suas radiações diretamente e de forma refletida pela superfície branca da neve que atua como um espelho.
Crianças com mais de seis meses de idade também requerem certos cuidados: -Evitarem horas de maior calor; -Usarem protetor solar com FPS elevado e formulações hipoalérgicas; -Usarem roupas de algodão, de cores claras e largas e nunca justas ao corpo; -Usarem chapéu, de preferência com abas que protejam o pescoço; -Oferecer às crianças, várias vezes ao dia, água ou sumos para se evitar a desidratação;-Após o banho, em casa, usar um creme hidratante, existem formulações pediátricas. Nem crianças, nem adultos devem aplicar águas de colônia ou perfumes, durante a exposição solar. Quem toma medicação, deve ver na bula se o princípio ativo provoca foto sensibilização. Aconselhe-se com o seu médico (a) ou farmacêutico (a)!
(Texto: Equipe de farmacêuticos Farmácia Vitália – Farma&Farma Campeche). Foto: Divulgação/JC
2 de abril de 2024