2 de abril de 2024

COM vários nomes fortes no páreo, eleição deve ser acirrada na capital

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Depois de uma última eleição municipal ‘tranquila’, em 2020, com vitória em primeiro turno do ex-prefeito Gean Loureiro para um segundo mandato – ao qual renunciou em março de 2022 para concorrer ao governo estadual, abrindo caminho para a ascensão de seu vice e atual prefeito da capital – Florianópolis caminha para enfrentar uma das eleições municipais mais disputadas de sua história, em outubro próximo.
Isso pelo menos é que o indica até aqui o número de pré-candidatos ao certame e, especialmente, o estofo político que envolve alguns dos nomes que almejam assumir o bastão. Já são seis as pré-candidaturas, pelo menos as mais conhecidas, dispostas no tabuleiro eleitoral que, no entanto, ainda pode sofrer mudanças: acréscimo, com surgimento de outros nomes, ou redução, com a coligação de alguns postulantes. Todas as pré-candidaturas anunciadas até agora envolvem nomes conhecidos, embora com diferentes graus de densidade eleitoral.
São eles: Topázio Neto (PSD), Marcos José de Abreu, o Marquito (PSol), Vanderlei Farias, o Lela (PT), Pedro Silvestre, o Pedrão (PP), Bruno Souza (PL) e Dário Berger (PSDB).  As convenções partidárias, que vão deliberar sobre coligações e candidaturas, só acontecerão entre 20/07 e 05/08, conforme calendário do TSE, com o registro oficial das chapas ocorrendo no ainda distante 15 de agosto. Até lá, portanto, muita água ainda deve rolar, mas dificilmente acontecerá algum tsunami. Dos postulantes até aqui, exceto alguma surpresa, pelo menos três possuem fortes credenciais para chegar ao segundo turno, que parece inevitável dada a amplitude dos competidores.
Com apoio explícito da classe dirigente da cidade e robusta coligação, o atual prefeito e candidato à reeleição, Topázio Neto, é uma delas. Pesa contra ele a pouca intimidade com as urnas: será o seu primeiro teste direto, já que estreou na política como vice da chapa vencedora em 2020 e herdou o cargo em 2022. Outro nome de peso no pleito deste ano é o do deputado estadual Marquito, ex-vereador por dois mandatos na capital – em 2020 foi o mais votado à Câmara, com mais de 2.500 votos à frente do segundo lugar. O candidato desfruta de trânsito fácil no campo popular e na juventude, mas pesa contra si a inexperiência no âmbito executivo.
O terceiro nome de proa é o do ex-prefeito da capital por duas vezes e ex-senador, Dário Berger. Com ampla experiência e inegável trajetória vitoriosa, apesar de percalços recentes, pesa contra o tucano a instabilidade partidária, já tendo passado por cerca de meia dúzia de partidos ao longo de sua carreira. Com suporte de partidos tradicionais e eleitorado cativo, as outras três pré-candidaturas referidas nesta matéria, – Lela, Pedrão e Souza -, têm luz própria e podem até optar pelo voo solo, mas todos trazem em comum o desejo que paira sobre eles de ‘reforçarem’ outros projetos.