Apaixonado por madeira e pela natureza desde criança – aos 10 anos já fazia carrinhos e outros brinquedos com madeiras descartadas, de modo rudimentar, à base de serrote e facão – e descendente de habilidosos marceneiros, o gaúcho Cleber Luiz Fiorentin estava literalmente talhado a fincar raízes no mundo da madeira. Essa paixão culminou, há pouco mais de sete anos, na criação do Madeira do Baú, ateliê de móveis e objetos em madeira que, como não poderia deixar de ser, tem no seu DNA a sustentabilidade: todos os artefatos produzidos pelo marceneiro têm como matéria-prima madeira de demolição, com impacto zero na natureza.
O amplo mix e a qualidade dos artigos, que abrange móveis personalizados, objetos funcionais e artísticos – angariou rapidamente fama ao Madeira do Baú, inclusive em âmbito nacional – o ateliê comercializa peças via e-commerce para todo o país. Os artefatos são todos feitos à base de madeira nobre (peroba rosa, angico, imbuia, jequitibá, jacarandá, canela e cedro rosa, entre outras), oriundas de demolição, enriquecidas ainda com peças em ferro, também originárias de descarte, dando origem a objetos diferenciados e exclusivos.
Além de produzir móveis e objetos sob encomenda, o ateliê também possui amplo acervo de produtos para pronta-entrega. Os mais usuais, revela Cleber, são objetos funcionais como luminárias, arandelas, bandejas, porta-facas, tábuas de carne, porta-temperos e mesinhas, além de jogos de tabuleiro, peças de decoração em geral e até pequenas joias. “Trabalhamos também com a personalização de alguns produtos, painéis e bancadas, que são criados no tamanho e madeira desejados pelo cliente, além da personalização de brindes e presentes”, acrescenta.
Mesmo as peças mais robustas, como mesas, aparadores e outros móveis,  garante ele, não costumam exceder 15 dias entre a encomenda e entrega. “Nossos preços também são muito competitivos”, assegura. Depois de consolidar o ateliê em Curitiba, o artesão e ex-profissional conceituado também do ramo da tecnologia, optou há pouco mais de dois anos pela capital catarinense, mais precisamente o Campeche, para dar continuidade à trajetória de crescimento do Madeira do Baú.
“É uma região que vem crescendo muito, com ótima aceitação e grande potencial para os nossos produtos”, explicou, acerca da opção pelo Sul da Ilha. “Nosso foco e filosofia de trabalho é fazer a diferença na vida das pessoas, amantes da natureza, da arte e da cultura, valorizando madeiras que seriam descartadas, mesclando com outros materiais, criando peças únicas e sustentáveis e contribuindo também para a preservação da natureza”, assinalou.
(Texto: Angelo Poletto Mendes/Redação JC. Foto: Divulgação/JC)

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