Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A decisão de transferir a policlínica e UPA Sul para o antigo aeroporto da capital parece irreversível, apesar do forte clamor popular. “Sim, é uma decisão definitiva. A principal razão é a impossibilidade de ampliar a estrutura no endereço atual. A UPA precisa de mais consultórios, leitos e espaços que garantam que os profissionais possam prestar um atendimento de excelência”, escreveu a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em resposta a questionamento deste jornal.
Sobre a inconformidade popular com a transferência, a SMS entende que “há um costume da população com acesso à UPA no local e um receio natural de que possam haver dificuldades. A nova estrutura trará muitas melhorias no atendimento, todos os pontos do projeto, desde ambiência até mobilidade, estão sendo pensados. Em breve, a população terá um serviço muito melhor do que dispõe atualmente, gerando um atendimento mais rápido e eficiente.”
A SMS informou ainda que “desde 2021 estuda um novo local para unidade. Ao todo, foram analisadas 10 áreas para receber a estrutura, dentre elas o antigo aeroporto, no Carianos, que se mostrou a opção mais viável. A decisão respeita critérios técnicos para a implantação de uma UPA; além de atender as necessidades de espaço físico, é preciso garantia de bom acesso de ambulância e transporte público – que será totalmente remodelado”.
Em relação à gestão privada, a SMS disse que “a unidade permanece 100% pública, administrada por uma Organização Social. Não haverá mudanças para os servidores que atualmente atuam nas UPAs (referindo-se também a UPA Norte). O serviço que hoje já é disponibilizado na UPAs será ampliado, integrando toda a infraestrutura de atendimento em saúde e oferecendo um serviço de qualidade para o cidadão.”
Se concretizada a desativação da UPA Sul no Rio Tavares, o destino do prédio, situado em valorizada área central, é uma incógnita, embora já pairem especulações de que poderia alojar algum aparato da segurança pública. “O destino para a estrutura ainda não foi definido. A Prefeitura está em contato com outros órgãos para avaliar o encaminhamento”, escreveu a SMS. Resta à população local, uma esperança: decisões definitivas, em se tratando de política e gestão pública, são como os veleiros, se movem conforme a direção do vento. (Na foto, inauguração oficial da policlínica, em junho de 2008. Divulgação/Arquivo/JC).