Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A alegria e a irreverência estarão de volta ao Campeche neste Carnaval. Depois de dois anos sem desfilar, por conta da pandemia, o mais tradicional bloco de rua da capital promete fazer a maior festa de sua história no domingo de Carnaval (19/02), a partir das 17 horas, no Campeche. Em evento que marcará também os 25 anos de sua fundação, a serem completados em abril deste ano, a Associação Recreativa, Cultural e Ecológica Onodi estreará ainda novo trajeto e palco de sua famosa folia momesca.
Pela primeira vez o desfile do tradicional bloco, que costuma atrair também muitas crianças e famílias locais, iniciará pelo átrio da Igreja de São Sebastião e percorrerá quase toda extensão da Rua da Capela, com a concentração final e a festa acontecendo em área do Pacuca (Parque Cultural do Campeche). A mudança de endereço foi decidida pela diretoria do bloco, acatando sugestão do governo municipal e Polícia Militar, devido ao grande volume de pessoas que prestigia a festa.
Na última edição do tradicional evento, em 2020, cerca de 20 mil pessoas teriam participado da festa. Neste ano, a previsão é de que esse número possa alcançar até 25 mil foliões. “O Onodi cresceu muito e não temos mais como manter a Avenida Campeche, que é uma via de ligação importante da região, fechada por tantas horas”, explicou Roberto Ricardo da Silva, o Cadico, membro da diretoria e um dos fundadores do bloco.
O desfile inicia às 17h, se estendendo até por volta de 18h30, num percurso marcado pela irreverência e a alegria das crianças. Depois, na concentração, a festa muda de figura e esquenta para valer, atraindo uma ampla fauna popular, das mais variadas tribos e procedências. Com amplo repertório de marchinhas carnavalescas da competente Banda Campeche, num palco especialmente instalado no Pacuca, a muvuca se estenderá ‘oficialmente’ até às 22horas.
Com amplo apoio da Prefeitura para a sua realização, a festa do Onodi terá ‘estrutura de primeiro mundo’, garante Cadico. Além do palco, a área do evento passará por ampla roçada e limpeza, e será quase toda cercada por gradis, além de ganhar banheiros químicos. Além disso, receberá postes de iluminação provisória, e contará ainda com apoio da Guarda Municipal e Polícia Militar para segurança dos participantes. Bebidas e alimentos normalmente ficam por conta de ambulantes que se agregam à festa.
Neste ano, não haverá venda de camisetas do bloco, porque a confirmação da festa acabou acontecendo muita próxima da data. “Havia ainda muita insegurança sobre se teríamos ou não Carnaval”, lamentou Cadico. O bloco que costuma a cada edição destacar um personagem local, neste ano homenageará o nativo Pedro Garcia, um dos fundadores e ex-presidente do bloco, falecido no ano passado. O inusitado nome do bloco, reza a lenda, teria surgido de uma singela explicação de um manezinho para a ausência de nome de sua bucica (cão): onodi! (Foto: Milton Ostetto/Divulgação/Arquivo 2020/JC)