Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Uma nova enxurrada, acompanhada de ventos fortes, ocorrida na primeira quinzena de agosto, expôs novamente a fragilidade estrutural da cidade no que tange especialmente a sistemas de drenagem. Foram registrados alagamentos por toda a cidade e até deslizamentos de terra, causando muitos prejuízos e transtornos a moradores, comércio e ao tráfego. A região do Rio Tavares, especialmente no entorno do rio, novamente foi uma das mais castigadas, com bloqueio temporário da SC-405.
Há anos moradores locais pleiteiam a execução de trabalhos de dragagem do rio local para atenuar a drama dos alagamentos, sem sucesso. Nem mesmo protestos com bloqueio da rodovia, abaixo-assinados, apelos a vereadores e à Prefeitura têm sido suficientes para sensibilizar as autoridades. Assoreado pelo despejo de dejetos e resíduos volumosos, o rio sobe rapidamente a cada chuva mais forte, gerando muitos prejuízos para moradores e comerciantes. Somente no ano passado, foram dois episódios similares.
Após a nova enxurrada, o governo municipal rapidamente desengavetou projeto milionário para macrodrenagem no Rio Vermelho, outra região com problemas crônicos de alagamento, mas esqueceu o Rio Tavares. Nativo da região, o ex-vereador Valter Chagas, acredita que a dragagem do rio ajudaria, mas talvez não seja suficiente para resolver o problema. A última dragagem do rio teria acontecido ainda na década de 80. “A nossa região mereceria um trabalho de engenharia mais elaborado para por fim aos alagamentos”, assinalou.
(Foto: Cristiano Andujar/PMF/Divulgação/Arquivo/JC).