Angelo Poletto Mendes/Redação JC
O tempo de resposta às recorrentes quedas de energia elétrica que castigam o Campeche e bairros do Sul da Ilha deve ficar ainda mais curto a partir do final de julho, quando entrará em operação a nova Base Operacional de Eletricistas da companhia na região. Anexa à Subestação Ilha Sul, no Trevo do Campeche, a unidade foi inaugurada em meados de junho, em evento que contou com a presença do presidente da empresa, Cleicio Poleto Martins, entre outros dirigentes da estatal.
Com investimento de R$ 240 mil, a unidade é a terceira do gênero na capital – as outras duas ficam na Trindade e Ingleses, no Norte da Ilha -, integrada a projeto de descentralização das bases operacionais da companhia. A unidade vai proporcionar também mais conforto para técnicos, eletricistas e engenheiros da empresa que atuam na área de atendimento emergencial, comumente envolvidos em operações estressantes e de alto risco. O local conta com estações de trabalho, sala de descanso, banheiro com chuveiro, copa e depósito de materiais.
A companhia já conta com três equipes terceirizadas de atendimento à região, cada uma com três profissionais, e, a partir da ativação da nova base, ganhará uma quarta equipe, dessa vez própria. “90% das ocorrências de queda de energia são resolvidos pelas nossas equipes que fazem o primeiro atendimento, com cesto aéreo”, assinala o gerente do Núcleo Capital da Celesc, Renato Borba Rolim.
Apenas situações mais complexas, como quedas de postes ou quebras de transformadores, entre outros, exigirão ainda o deslocamento de estruturas mais robustas da matriz, em Capoeiras. Sobre as recorrentes quedas de energia que atingem a região – recentemente o Ministério Público teria inclusive instaurado inquérito civil para apurar a qualidade da energia fornecida no Campeche e Ribeirão da Ilha – o dirigente alega que a principal causa é o excesso de ligações clandestinas.
O crescimento orgânico da região, garante ele, é monitorado pela companhia, que promove regularmente os ajustes necessários à operação do sistema. “A própria Subestação Sul foi ampliada no ano passado”, comentou. O grande problema, conforme o dirigente, é a sobrecarga oriunda das ligações clandestinas, os populares ‘gatos’. “Muita gente constrói e depois não consegue ligar a energia – atualmente a ligação só é permitida para imóveis com alvará de construção e habite-se -, e apela para a ligação irregular”, explicou.
(Foto: Celesc/Divulgação/JC)