Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Sertão do Peri
A Prefeitura anunciou em agosto a conclusão de mais um trecho de 150 metros em lajota no alto da Estrada Francisco Thomaz dos Santos, que liga o Ribeirão da Ilha ao Pântano do Sul, cruzando o Sertão do Peri (foto abaixo). Antigamente, acessada apenas por trilheiros, a estrada passa a comportar parcialmente também veículos. Apesar do bucolismo que se descortina do local, a obra também gera polêmica. Líderes comunitários temem a abertura de novo flanco de especulação imobiliária, ocupação irregular e ameaça a pontos de recarga de água da Lagoa do Peri. Recentemente, a própria Floram anunciou a derrubada de alguns barracos irregulares edificados dentro da área do Monumento Natural da Lagoa do Peri.
Bandeira Azul
Lagoa do Peri, aliás, que depois de seis consecutivos não será contemplada neste ano com o selo Bandeira Azul de sustentabilidade, concedido por uma entidade internacional, que reconhece o balneário como adotante de práticas sustentáveis nas áreas ambiental, de segurança e infraestrutura. Com isso, a capital catarinense ficará neste ano sem nenhuma praia detentora da honraria. O motivo da não conquista do título, no entanto, é no mínimo inusitado: não decorre de nenhum declínio no cumprimento de práticas sustentáveis. A Floram é que teria ‘perdido’ o prazo para ingressar com pedido de prorrogação da certificação.
Rede de esgoto
Em meio às expectativas de uma temporada de muitos turistas no Campeche e Sul da Ilha, as notícias não são nada boas no que tange a questão da ‘novelesca’ rede de esgoto do bairro, iniciada há mais de 13 anos e até hoje ainda longe da conclusão. A Casan informa que as obras da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Rio Tavares, crucial para viabilização do sistema, prosseguem paralisadas, à espera da conclusão de novos estudos sobre lançamento de seus efluentes. Parada há quase um ano, a ETE está com apenas 45% das obras físicas concluídas.
Estação parada
Orçada em mais de R$ 30 milhões, e eixo principal do sistema de esgoto em construção no Campeche desde 2008, a ETE do Rio Tavares está com obras paralisadas desde setembro do ano passado, por determinação do IMA, atendendo recomendação do Ministério Público. O entrave envolve o destino provisório do efluente tratado que será produzido pela estação, após sua entrada em operação. A unidade está projetada para processar o esgoto recebido por meio de uma rede de 58 quilômetros de tubulações – cerca de 80% já instalada – e oito estações elevatórias, também com obras civis concluídas, contemplando inicialmente uma população de 25 mil habitantes.
Emissário
Em relação ao polêmico emissário submarino de esgoto planejado para o Campeche, a Casan informa que “estão sendo realizados novos estudos, solicitados pelo IMA, para obtenção da Licença Ambiental Prévia, passo obrigatório para que a Casan busque recursos para o empreendimento”. “É um refinamento dos estudos já realizados, com simulação de outros cenários, para busca do ponto ideal do empreendimento”. A estatal informa que contratou também empresa especializada para realização de pesquisa de opinião pública sobre o projeto na região. ‘Esses estudos deverão ser entregues ao IMA no início de 2022”, assinala a Casan. (Foto: PMF/Divulgação/Arquivo/JC)