22 de dezembro de 2020

TURISTA de estados vizinhos era esperança no litoral catarinense

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

A temporada atípica na capital catarinense deve, novamente, ter predomínio do turista nacional, desta vez mais especificamente daquele oriundo dos estados mais próximos, tradicionais polos emissores, e mesmo do interior catarinense. “Com base nas pesquisas, o turismo nesta temporada será essencialmente regional, de curta distância, com turistas de que se deslocarão pelo meio rodoviário”, assinala o presidente da agência estadual de turismo Santur, Leandro Mané Ferrari.
O predomínio será de famílias, conforme o dirigente, com idade média entre 30 e 39 anos, em deslocamentos médios de até 300 quilômetros. Além dos tradicionais visitantes de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, o estado também deve registrar maior presença dos próprios catarinenses, em função das baixas distâncias. “Será um ótimo momento para os catarinenses conhecerem melhor o próprio estado”, comenta.
Ferrari acredita que o turista nesta temporada também terá outras peculiaridades, como disposição para circular mais pelo estado, não se fixando apenas num destino. O dirigente também prevê que a impossibilidade de viagens ao exterior tem potencial para trazer um público pouco usual à capital, de maior perfil sócio-econômico, embora de difícil quantificação.
“No período de pico, até meados da janeiro, não há dúvidas de que teremos grande movimento”, afirma. O grande desafio, na percepção de todos, é como se comportará o turismo no período pós-pico, quando mesmo em períodos normais já existe uma forte retração do movimento, só voltando a concentrar visitantes no último apito do trem da temporada, o Carnaval. A Prefeitura da capital deve anunciar a difícil decisão sobre a realização ou cancelamento do evento até o final de dezembro.
A presença dos estrangeiros, inobstante a retomada dos voos regulares para a Argentina, e de alguns charters oriundos do Chile, deve ser novamente muito modesta, a exemplo da temporada anterior.  Os europeus, que costumam ser esparsos, dessa vez serão ainda mais raros, por conta do agravamento da pandemia na Europa.
O superintendente de Turismo da capital, Fábio Queiroz, destaca que a estrutura para acolhimento dos turistas, embora o período atípico, está mantida nos mesmos padrões da temporada passada. Serão novamente 230 banheiros químicos instalados na orla da capital, 40 ‘inovadoras’ duchas de praia acionadas por aplicativo contemplando 25 balneários, e o mesmo número de vendedores ambulantes nas praias.
(Foto: Stevan Scuoteguazza/Divulgação/JC)