Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A Casan anuncia que está afastado o risco de racionamento de água na Costa Leste/Sul da Ilha nesta temporada. “Se houver um novo período prolongado sem chuvas, talvez tenhamos que adotar algum contingenciamento, mas o racionamento está descartado”, afirmou o diretor de Operações e Expansão da empresa, Fábio Krieger. Segundo ele, a empresa vem fazendo uma série de investimentos para garantir a segurança do abastecimento da região, inobstante as restrições que permanecem para captação de água da Lagoa do Peri, principal manancial para abastecer mais de 140 mil consumidores na Costa Leste/Sul.
O principal investimento, revela o dirigente, teve dado seu pontapé inicial na primeira quinzena de dezembro, com o começo das obras de interligação do Sul da Ilha ao sistema integrado da Grande Florianópolis. A obra, que está sendo executada pela empreiteira Adição, da capital, ao custo de R$ 2,6 milhões, vai permitir à região receber água oriunda do Sistema Cubatão, principal manancial de abastecimento da capital e municípios vizinhos.
A conclusão está prevista para março próximo, informa Krieger, coincidindo com o prazo fixado pelo município para a Casan apresentar alternativas à captação na Lagoa do Peri. A conexão do sistema se dará pelo ramal de Carianos, em trecho paralelo à nova rodovia de acesso ao Sul da Ilha e aeroporto, com tubulações de 300 milímetros de diâmetro, que permitem entregar cerca de 80 litros por segundo à região. O próprio Sistema Cubatão, que deve atender também o Sul da Ilha a partir de março, ganhou recentemente também obras de melhoria.
Paralelamente, informa o dirigente, a empresa está em vias de botar em operação mais quatro poços de captação de água no lençol freático do Campeche, elevando para 15 o total de poços ativos na região, garantindo maior segurança no abastecimento regional. Desde as restrições à captação na Lagoa do Peri, por conta dos níveis críticos de seu reservatório, a captação no lençol freático vem respondendo por cerca de 50% do abastecimento da região.
Com a redução na captação e as chuvas mais intensas que atingiram a capital na primeira quinzena de dezembro, Krieger garante que a Lagoa do Peri já obteve um incremento importante nos seus volumes. As chuvas também contribuíram para a recarga do próprio lençol freático. Apesar dos investimentos e da ‘ajuda divina’, moradores do Campeche têm reclamado de baixa pressão e mesmo falta de água cada vez mais frequentes na região, mesmo nas áreas planas e menos suscetíveis. A Casan garante que são ocorrências pontuais, a maioria oriunda de consertos ou mesmo obras de manutenção da rede e estações de tratamento de água regionais. (Foto: Casan/Divulgação/JC)