Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Após as imagens chocantes da Lagoa do Peri com faixas de areia de quase 50 metros de largura em suas margens exibidas nos meios de comunicação, que causaram comoção na região, um grupo de moradores promoveu ato de protesto em defesa do manancial, defronte à Estação de Tratamento de Água (ETA) da Casan, da Lagoa do Peri, na primeira quinzena de setembro. Desafiando a chuva e o frio que grassavam no período, cerca de 50 pessoas participaram do evento.
Mais do que simbólico abraço a um dos principais cartões postais e monumentos naturais da Ilha de Santa Catarina, a manifestação chamou a atenção para a especulação imobiliária e a extração acerbada, por meio de faixas e cartazes, criticando também a Casan e governo municipal. Além do manancial, a manifestação chamou a atenção também para os riscos que envolvem o próprio ecossistema local.
Um dos líderes do evento, o presidente da Associação dos Moradores da Costa de Dentro, Eugênio Gonçalves, disse que estudos mostram que a retirada de água do manancial está num ritmo muito superior a sua capacidade de reposição há mais de um ano. A Casan insiste que a redução do manancial deve-se principalmente à estiagem, considerada ‘histórica. A Prefeitura por meio de nota, disse que deu prazo de seis meses para a Casan buscar alternativas e suspender a captação na Lagoa do Peri. (Foto: Carolina Peccini/Divulgação/JC)