Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A novela da rede de esgoto do Campeche, que está completando 12 anos de obras sem perspectivas de conclusão, acaba de sofrer novo abalo. Depois de quase dois anos de trabalhos quase ininterruptos, às vésperas de conclusão da etapa em alvenaria, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), do Rio Tavares, paralisou novamente.
O diretor de Operações e Expansão da Casan, Fábio Krieger, disse que a paralisação decorre da suspensão da licença de instalação, que ampara execução dos trabalhos, determinada pelo Instituto de Meio Ambiente estadual (IMA), atendendo recomendação do Ministério Público Federal.
A suspensão se estenderá pelo menos até a conclusão de estudos ambientais para lançamento do efluente da estação no Rio Tavares, contratados pela Casan. Segundo Krieger, esses estudos, que também contemplam lançamento em valas de amortecimento no Saco dos Limões, devem ficar prontos apenas em outubro de 2021.
Com esse hiato, expectativas mais otimistas indicam agora que a operação da rede de esgoto do Campeche só deve iniciar no final de 2022 ou início de 2023. Isso porque a conclusão da estação ainda demandaria pelo seis a oito meses para conclusão, envolvendo licitação e logística de compra e instalação de equipamentos. Esse processo, contudo, poderá ser iniciado apenas após novo sinal verde do órgão.
Orçada em R$ 34 milhões, a ETE do Rio Tavares é o eixo principal do sistema de esgoto em construção no Campeche desde 2008. A unidade vai processar o esgoto recebido por meio de uma rede de 58 quilômetros de tubulações – cerca de 80% já instalada – e oito estações elevatórias, também com obras civis já concluídas, contemplando inicialmente uma população de 25 mil habitantes. (Foto: Casan/Divulgação/JC)