Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Cereja do bolo da badalada operação Asfaltaço da Prefeitura da capital no Sul da Ilha, a revitalização da avenida Pequeno Príncipe, mais importante via urbana do Campeche, vem provocando muito polêmica na região. Além da morosidade na execução dos trabalhos, que se arrastam desde meados do ano passado, causando transtornos para a população local, comércio e turistas, inclusive alguns acidentes envolvendo pedestres e motoristas, o resultado que começa a se descortinar também tem sido motivo de muita controvérsia.
Depois de assistirem relativamente passivos ao desenrolar do projeto, todo ele concebido pelo poder público sem anuência de moradores e comerciantes locais, vários lojistas locais se rebelaram na primeira quinzena de fevereiro com a descoberta de que haveria redução drástica dos acessos para veículos às lojas. O clima esquentou e houve muito bate-boca que por pouco não terminou em vias-de-fato entre alguns comerciantes e engenheiros de obras.
O clima só foi apaziguado com a intervenção do subprefeito do Sul da Ilha, João Bilck, que intermediou uma audiência dos comerciantes com o secretário de Obras, Valter Gallina. “Ficou acertado que será usado o bom senso em todas as situações, para que fique bom para todos. Os meios-fios serão acertados, recuos alinhados; tudo será adequado para o bom funcionamento do comércio”, relatou o empresário Sirlei de Souza Faustino, logo após o encontro com o secretário.
O secretário Gallina confirmou que recebeu os comerciantes, juntamente com o subprefeito regional, e solicitou a revisão de todos os pontos passíveis de correção. “Nosso objetivo não é prejudicar ninguém, pelo contrário, queremos entregar uma obra que valorize ainda a mais a região”, contemporizou. O secretário disse, contudo, que o projeto como um todo não pode ser mais alterado, sob pena de comprometer o contrato de financiamento da obra junto à CEF.
Outros questionamentos acerca da projeto envolvem a ausência de acostamento, exceto recuos para ônibus e comércio, calçadas largas e meios-fios muito altos, que dificultam a subida de veículos em casos de emergência. O subprefeito João Bilck explicou que a obra contempla um novo padrão de vias urbanas projetadas para a capital, privilegiando o pedestre. “Já temos vistos muitas famílias caminhando nos trechos de calçadas já concluídas”, comentou.
O secretário de Obras disse que a expectativa é de que o recapeamento final da rodovia aconteça no início de março, permitindo a inauguração da obra ainda durantes os festejos de aniversário da cidade, no final de março. “Vai ficar uma via maravilhosa, uma das mais lindas da cidade”, exaltou o entusiasmado secretário. Outras vias contempladas com o Asfaltaço no Campeche são as ruas Da Capela, Gramal, Auroreal e Tereza Lopes, além da Avenida Campeche. (Foto: Subprefeitura Sul/Divulgação/JC)