9 de dezembro de 2019

TEMPORADA será primeiro teste de fogo de novas obras de mobilidade

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

A temporada será literalmente o teste de fogo para os novos equipamentos viários implantados no Sul da Ilha para resolver o problema da mobilidade, historicamente o maior entrave à transformação da região no principal destino turístico da capital e do próprio litoral catarinense. Não só o novíssimo acesso alternativo à região e aeroporto será posto à prova, como também o elevado do Rio Tavares, que vai receber pela primeira vez o supertráfego da temporada.
Inaugurado em meados de março e cercado de muito ceticismo acerca de sua funcionalidade prática para equacionar os problemas de congestionamento na região, apesar de sua relevância como monumento viário, o elevado passou a ‘respirar’ melhor depois da entrada em operação do novo acesso ao Sul da Ilha. “Não temos dúvidas de que o elevado foi uma obra acertada, que tem uma função prática muito importante para a região”, afirma o secretário de Obras do município, Valter Galina.
Maior e mais importante obra viária dos últimos 15 anos no Sul da Ilha – a última deste porte foi a inauguração da Via Expressa Sul em 2004 – o novo acesso à região e ao aeroporto é sobre a qual recaem as maiores expectativas. Embora seja inegável que sua liberação mesmo que inacabada, no final de setembro, deu um salto de qualidade à mobilidade na região, sua capacidade de dar guarida ao supermovimento de verão ainda é uma incógnita.
No intrabairros, contudo, a situação não é das mais animadoras. Apesar de iniciadas no começo do segundo semestre, as obras de revitalização das seis principais ruas do Campeche não ficarão concluídas antes da temporada. No máximo, duas delas serão totalmente concluídas – a Auroreal e a Rua da Capela, enquanto avenidas cruciais como a Pequeno Príncipe e Campeche, além da Rua do Gramal adentrarão à temporada em andamento. “Nossa ideia era deixar todas as seis prontas antes do Natal, mas vamos buscar agora uma situação de acelerar as obras, com realização de trabalhos à noite, para não atrapalhar a temporada”, comentou o secretário Galina.
Na Pequeno Príncipe, existe inclusive um clima de insatisfação por parte de comerciantes  com as características do projeto em implantação. “Meu movimento quebrou, caiu 70% nos últimos meses”, protestou Alfredo Dias, dono de estabelecimento gastronômico próximo ao Trevo do Campeche. O principal motivo de críticas é o estreitamento da rodovia, que abriga ciclovia, e a falta de áreas de escape e estacionamento.
(Foto: Leonardo Sousa/PMF/Divulgação/Arquivo/JC)