Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Mesmo inacabado, o governo catarinense conseguiu cumprir a promessa e liberou ao tráfego de veículos, no final de setembro, o novo acesso ao Sul da Ilha, desenterrando finalmente uma velha ‘caveira de burro’ que castigava a região. Liberada ao tráfego quase cinco anos depois do cronograma original, que estipulava sua conclusão ainda em meados de 2014, o trecho prossegue em obras, agora com previsão de conclusão integral em março do próximo ano.
O novo acesso abre um novo e importante flanco de tráfego, beneficiando a população do Sul da Ilha e estimulando o próprio desenvolvimento regional. O novo acesso também contempla o novo terminal aeroportuário da cidade, beneficiando toda a Grande Florianópolis. “Estamos honrando o compromisso assumido pelo governo”, destacou o governador Carlos Moisés. Obra crucial para o Sul da Ilha, o novo acesso vai implicar num investimento total de R$ 260 milhões até sua conclusão, entre obras físicas e desapropriações, conforme dados do governo.
O secretário estadual de Obras, Carlos Hassler, acredita que o novo acesso trará um benefício excepcional para a região depois de concluído, absorvendo até 60% do tráfego diário à região, estimado em 40 mil veículos. “Neste primeiro momento de liberação já será possível aliviar boa parte do intenso volume de tráfego da rodovia SC-405, desviando pela nova via os usuários do Sul da Ilha, especialmente da Tapera, Ribeirão da Ilha e parte do Campeche”, avalia Hassler.
Nessa primeira fase de operações, além do afunilamento em pista simples pela rodovia da Tapera – que não tem previsão de ampliação – para acessar o Sul da Ilha, o novo acesso também contempla pista simples em outro trecho de 1,4 quilômetro, que desemboca no novo aeroporto da capital. O secretário ressalta, no entanto, que até o final de outubro deve ficar pronta a nova rótula de acesso à SC-406, que agilizará um pouco mais o tráfego para o Sul da Ilha.
O secretário minimizou, por outro lado, às críticas à ausência de projeto de iluminação na rodovia. “È importante que fique claro que não se trata de erro ou esquecimento; obras de rodovias não contemplam iluminação”, assinalou. A partir do momento que estiver totalmente sinalizada, confia ele, a ausência de iluminação pouco será percebida. Hassler garantiu, no entanto, que o governo já está negociando com o município a viabilização de um projeto de iluminação. “Iluminação de áreas urbanizadas compete ao município, mas vamos apoiar no que for necessário”, afirmou. (Foto: Cristiano Estrela/Secom/Divulgação/JC)