Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Apesar da suspensão da audiência pública e do recrudescimento da resistência, a Casan segue imbuída de esclarecer as comunidades e a opinião pública em geral sobre o emissário de esgoto projetado para o Campeche. Recentemente, técnicos da empresa fizeram apresentação na Câmara de Vereadores. “Temos apresentado o projeto para os mais diferentes públicos, até mesmo para pequenos grupos em condomínios”, comentou o engenheiro da área de meio ambiente da empresa, Alexandre Trevisan.
Para o dirigente, existe um equívoco na percepção do emissário na região. “O sistema de fossas é muito mais perigoso e danoso ao meio-ambiente”, alega. Trevisan nega também que o emissário projetado para o Campeche vá contemplar o despejo do efluente de quase toda a Ilha de Santa Catarina. “Inicialmente se previa isso, mas houve uma revisão e vai contemplar apenas o saneamento do Sul da Ilha”, afirma.
Futuramente, prevê ele, deve ser viabilizado também um emissário no Norte da Ilha, para solucionar o efluente da região, atualmente todo ele disposto nos rios locais. Sobre alternativas ao emissário, o engenheiro garante que são muito escassas . Além da ausência de cursos d’água com capacidade para receber o volume de efluente gerado, o lençol freático aflorado também impossibilita infiltração. O reuso, por sua vez, também é apontado como uma solução de baixíssima viabilidade técnica e econômica.