Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Mais conhecido balneário do Sul da Ilha, e um dos mais badalados da própria Ilha de Santa Catarina pelo menos até meados dos anos 90, a Praia da Armação perdeu status após a destruição provocada pela histórica ressaca de 2010. A praia que era dotada de uma ampla e generosa faixa de areia, por onde desfilavam milhares de veranistas todos os anos, foi severamente encolhida e jamais recuperou as condições que a consagraram como atração turística da capital catarinense.
Em alguns pontos, especialmente na área nobre da praia, próximo à igrejinha, não existe sequer faixa de areia. Além do impacto turístico, social e econômico, o abalo ambiental também enfraqueceu o bairro do Sul da Ilha politicamente. Embora tenha sido o primeiro da capital a pleitear a engorda de sua faixa de areia, há quase nove anos, o balneário é também o mais atrasado na viabilização do projeto, suplantado na ordem de prioridade por demandas recentíssimas do gênero em Canasvieiras, no Norte da Ilha, e Beira-Mar Norte.
O secretário municipal de Infraestrutura, Valter Gallina, alega que o projeto de engorda pleiteado pela Armação está no fim da fila porque possui maior complexidade que os demais, devido a características da orla local, exigindo investimentos muito superiores aos demais. A título de comparação, conforme o secretário, enquanto o projeto desenvolvido para engorda de Canasvieiras custará em torno de R$ 12 milhões, o da Armação ficaria quase sete vezes mais caro. O projeto de engorda da Armação, informou ele, ainda se encontra em fase de estudos para elaboração do EIA-Rima (estudo e relatório de impacto ambiental). (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/Arquivo/JC-Verão 2006)