Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Apesar da cada vez mais improvável entrada em operação do novo sistema de saneamento do Campeche no final deste ano, por conta de imbróglio envolvendo o destino inicial do efluente tratado pela sua estação de esgoto e agora também por novo atraso no reinício das obras da própria rede alimentadora, o projeto do polêmico emissário submarino deve ganhar novos capítulos em maio.
Depois de prometido para o final de 2018 e posteriormente para março e abril deste ano, deve finalmente acontecer no dia 20 de maio o a audiência pública sobre o emissário projetado para lançar efluente tratado em mar aberto no Campeche. O evento promovido sob coordenação do Instituto de Meio Ambiente (IMA), antiga Fatma, iniciará às19 horas, no auditório do Colégio do Campeche, na rodovia SC-405, próximo à Antunes Material de Construção. O anúncio oficial da data da audiência aconteceu na sexta-feira, dia 03/03.
A realização da audiência é crucial para a Casan pleitear a Licença Ambiental Prévia (LAP) junto ao Instituto de Meio-Ambiente estadual (IMA), antiga Fatma, que lhe permitirá buscar fontes de financiamento para o caro e polêmico projeto, estimado em 50 milhões de dólares (cerca de R$ 200 milhões). Após quase quatro anos de estudos, os relatórios de impacto ambiental do projeto foram recentemente liberados pelo IMA permitindo a sua discussão pública.
Em meio ao andamento das obras da estação do Rio Tavares (foto), que ganham vulto, uma nova ducha de água fria se abateu sobre o sistema. O prometido início da última fase de instalação de tubulações da rede, ao longo de toda a Rua do Gramal e pequeno trecho da Pequeno Príncipe, que deveria iniciar logo após o Carnaval, foi adiada por prazo indeterminado. Em função de mais de cinco anos que essa etapa esteve parada, a Casan informou que está promovendo a revisão do contrato com a empreiteira Stemag.
(Foto: Divulgação/JC)