Angelo Poletto Mendes/Redação JC
O novo governo estadual, agora sob a batuta de Carlos Moisés, acaba de anunciar mais um importante passo no andamento das obras da nova rodovia de acesso ao Sul da Ilha. Em meio ao temor de um colapso no sistema viário regional a partir do segundo semestre, com a provável inauguração do novo aeroporto da capital sem a conclusão do acesso viário, uma nova frente de trabalho acaba de se abrir para as obras, com a desapropriação de mais de 59 lotes no último lote do complexo viário.
A liberação foi obtida por meio de ‘imissão de posse’, uma decisão judicial que transfere ao estado o direito sobre as áreas. “O trecho ali já está em andamento; o que essas 59 imissões significam são mais 800 metros de trecho livre para a empreiteira trabalhar; ela estava trabalhando num trecho de 200 metros e agora passa a ter mil metros livres para trabalhar”, explicou o secretário estadual de Infraestrutura, Carlos Hassler.
No total, com pouco mais de 1,4 quilômetros de extensão, esse lote é o mais atrasado do novo complexo viário, iniciado apenas em outubro do ano passado, após longo périplo em busca de licenciamento ambiental. Faz a ligação entre o Viaduto de Carianos (em execução) e o Loteamento Santos Dumont, informou a Secretaria de Infraestrutura, estando com pouco mais de 8% dos trabalhos concluídos. Restariam outras 40 desapropriações a serem equacionadas neste lote.
“As nossas principais dificuldades ainda se remetem à questão das desapropriações”, admitiu Hassler, assegurando que os esforços do governo seguem voltados à conclusão no mais curto espaço de tempo. A boa notícia é que a partir do equacionamento legal, o trecho é de baixa complexidade e pode ser concluído rapidamente. As obras do novo complexo viário estão divididas em quatro lotes, todos eles em andamento. O mais extenso deles, com 3,7 quilômetros, ligando o Rio Fazendinha ao novo terminal é o único integralmente concluído.
A se confirmar a inauguração do novo aeroporto da capital em agosto próximo, sem a conclusão do novo acesso, o já saturado sistema viário do Sul da Ilha deve mesmo entrar em colapso. Isso porque o único acesso possível ao novo terminal se dará pela exaurida SC-405, o novíssimo elevado e a acanhada rodovia Aparício Ramos Cordeiro (Rodovia da Tapera). O grupo suíço concessionário do novo terminal, que terá nada menos do que 49 mil metros quadrados de área construída, anunciou recentemente a obtenção de empréstimo de R$376 milhões do Bndes para investimento nas obras. (Foto: Júlio Cavalheiro/Divulgação/JC)
30 de janeiro de 2019