Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Depois de empolgar a população da região com a intensificação dos trabalhos, que parecia perto de tornar realidade a liberação do novo elevado do Rio Tavares ainda em 2018, a Prefeitura tratou de botar água na fervura. Sob alegação de preservação da segurança, temendo a responsabilização sobre eventuais acidentes decorrentes de arestas da obra, a gestão municipal desistiu de tentar viabilizar a liberação do equipamento, mesmo que inacabado, até o final de dezembro. Com o enésimo adiamento, a previsão agora é de que a obra seja inaugurada em março de 2019.
O diretor de Obras municipal, Tiago Schmidt, assegura, no entanto, que o novo prazo para conclusão é definitivo. Além do ritmo intenso de trabalhos, que permanece após a nova revisão de prazos, estão equacionados praticamente todos os impasses que vêm prolongando sine die a obra viária. Terminaram os trabalhos arqueológicos, que culminaram com a descoberta de um esqueleto pré-histórico, e as desapropriações também estariam próximas do desfecho final.
“Só restam duas desapropriações a resolver, ambas frentes de terreno”, comentou Schmidt. O temor de imprevistos geológicos também não se confirmou, com a remoção de rochas no trecho à direita ocorrendo sem incidentes. A proteção deste trecho, avisa o engenheiro, receberá ainda um paredão de contenção em solo grampeado (concreto projetado), para retenção de deslizamentos.
Em novembro, entram em vigor também mudanças no trânsito local, para permitir o deslanche definitivo dos trabalhos. Será fechado o acesso no sentido Lagoa-Sul da Ilha, tradicional complicador do fluxo local e, por motivos técnicos, também o acesso à Lagoa. Tanto para quem vir ou for à Lagoa, as alternativas serão a Avenida Campeche e a Rua Pau de Canela. Essas intervenções devem vigorar até à conclusão do elevado.
Schmidt garante, inclusive, que ao contrário do que pode parecer, essas intervenções devem melhorar o fluxo na região. “Com certeza, ficará melhor do que está hoje; a própria Polícia Rodoviária Estadual também acredita nesta melhoria”, assinalou ele, no final de outubro. Transitam pelo local, de acordo com estimativas, cerca de 55 mil veículos diariamente, movimento que costuma duplicar na alta temporada, especialmente no período entre o pós-Natal e meados de janeiro. (Foto: Leonardo Sousa/Divulgação/JC)
6 de novembro de 2018