Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Um problema pontual envolvendo questionamentos acerca da cloração da água fornecida pela Casan e posteriormente a falta do insumo em algumas residências do Campeche, ocorrido em meados de outubro, trouxe à tona um problema grave que ameaça o Sul da Ilha. O manancial da Lagoa do Peri, com uma vazão de 200 litros por segundo, já não comporta sozinho o abastecimento da Costa Sul-Leste, que atende cerca de 70 mil usuários de 13 bairros, do Sul da Ilha até Barra da Lagoa.
Para atender a demanda da região, a Casan cada vez mais tem precisado recorrer à pequena estação de tratamento do Campeche, instalada na rua do Gramal, com capacidade de produção de 80 litros do segundo, oriundos do aquífero do Campeche, captados através de seis poços artesianos. “A ETA do Campeche é o nosso plano B, acionada sempre que tem alta no consumo”, explica o engenheiro sanitarista Bruno Kossatz, da Casan.
O dirigente garante, no entanto, que a questão não preocupa, porque além da possibilidade de abertura de novos poços de captação em caso de necessidade, a tendência é de que no médio prazo a rede do Sul da Ilha seja interligada à da capital, permitindo ‘socorros’ eventuais. Além disso, ainda neste ano, a Barra da Lagoa deve passar a ser atendida pela rede do Norte da Ilha, desafogando em pelo menos 10% a rede local.
Acerca da cloração citada no início da matéria, Bruno explica que foi uma experiência temporária, já descartada pela companhia, para fazer chegar água clorada aos pontos mais distantes da rede, como a própria Barra da Lagoa. “A água do aquífero do Campeche é de boa qualidade”, assegura, descartando qualquer ilação com a dosagem de cloro. Sobre as faltas coincidentes posteriores, o engenheiro garante que foram pontuais, em lugares mais altos, durante o feriadão. (Foto: Fábio Queiroz/Agência AL/Divulgação/JC)