Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Nova reviravolta também se abateu sobre a novelesca rede de saneamento do Campeche. Dadas como oficialmente retomadas ainda no primeiro trimestre deste ano, depois de quase três anos paralisadas, as obras da rede de esgoto do bairro não evoluíram sequer um centímetro após seis meses. Isso porque, conforme a Casan, o ICMBio impôs novos estudos acerca do impacto ambiental do efluente tratado que será futuramente despejado no Rio Tavares.
“Eles estão pleiteando estudos que sequer existem no Brasil, só na Noruega e Suécia”, afirmou o gerente de Construção da estatal, Fábio Krieger. Esse novo revés deve custar um atraso de pelo menos mais dois anos na entrada em operação da futura rede, já que a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), do Rio Tavares, cujas obras estão impedidas de começar, deve demorar pelo menos 18 meses para ficar pronta. “Estamos arriscados até a perder os recursos para obra”, assinalou Krieger.
BLITZ – Enquanto o futuro do saneamento da região segue indefinido, a Casan vem agindo para ao menos tentar coibir as ligações clandestinas de esgoto e preservar a rede inativa. Na primeira quinzena de agosto, uma nova ação da companhia no Campeche resultou no lacre de 11 caixas de inspeção, que são aquelas instaladas defronte às residências para futura conexão à rede.
A Casan promoveu também a retiradas por caminhão hidrovácuo de nada menos do que 24 mil litros de esgoto irregular na rede de tubulação. Foram detectados ainda diversos casos de lançamento de esgoto na rede pluvial, que foram encaminhados para averiguação pela Vigilância Sanitária. (Foto: Divulgação/JC)