Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Prometido para entrar em operação ainda antes da temporada passada pelo ex-prefeito César Souza Júnior, o elevado do Rio Tavares completará o primeiro aniversário da gestão Gean Loureiro ainda inconcluso. Apesar da iminente entrada em operação do novo desvio de acesso ao Campeche e Sul da Ilha, que vai permitir o início das obras do último pilar da edificação, que será encravado bem no centro do trevo, o novo equipamento viário ainda deve demorar pelo menos mais oito meses para ficar pronto.
“A previsão hoje é de concluir a obra no primeiro quadrimestre do próximo ano”, assinalou o diretor de Obras da Secretaria Municipal de Obras, Tiago Schmitt, no final de agosto. Segundo ele, o principal obstáculo para o término da edificação segue sendo a equação financeira para concluir a desapropriação de 24 propriedades remanescentes sobre a área, cujo custo é estimado em cerca de R$ 6 milhões. “Duas delas estão em negociações bem avançadas”, comentou.
Apesar das restrições de área para execução, Schmitt garante que as obras seguem em ritmo normal, com diversas frentes de trabalho em andamento sem risco de interrupção, pelo menos até dezembro. Nesse ínterim, a expectativa é de que avancem as desapropriações, permitindo a conclusão no prazo previsto. “O prefeito tem feito todos os esforços possíveis para resolver essa questão”, destacou.
O dirigente assegura, por outro lado, que apesar das obras adentrarem novamente a temporada, a expectativa é de que não provoquem prejuízo adicional ao já conturbado tráfego local. Todas as conexões de fluxo serão preservadas, inclusive o polêmico retorno da SC-406, no sentido Lagoa-Sul da Ilha, que esteve por várias vezes na iminência de bloqueio. “Nossa intenção é causar o mínimo impacto possível; mas vamos monitorar e promover alguma correção se necessário”, ponderou.
A construção do elevado, de acordo com estimativas do dirigente, alcançou no final de agosto 32% dos trabalhos concluídos. Além da edificação propriamente dita, envolve obras de contenção e outras complementares. “50% é a estrutura e outros 50% são as obras complementares”, explicou.
Com 220 metros de extensão, sustentado sobre 12 pilares, cada um eles com oito estacas, coroadas por um bloco com mais de 30 metros cúbicos de concreto, o projeto do elevado contempla também ciclovias e calçadas. O custo total é de R$ 15 milhões para obras físicas e outros R$ 17 milhões para desapropriações. (Foto: Leonardo Sousa/Divulgação/JC)