Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Conhecida por sua linha ideológica voltada à defesa intransigente dos direitos sociais, sem concessões, e pelo seu engajamento aguerrido em defesa do desenvolvimento sustentável do Campeche e região, a Rádio Comunitária Campeche vem ganhando cada vez mais audiência. Embora seu alcance através do velho dial se restrinja a um quilômetro quadrado, às vezes um pouco mais em função da topografia favorável da planície da região, a rádio vem caindo no gosto de ouvidos muito além do bairro e do próprio Sul da Ilha.
“Com a internet e aplicativo de celular, temos ouvintes que nos acompanham até da Suíça”, assinala a jornalista Elaine Tavares, diretora de programação e voz quase que onipresente no dia-a-dia da emissora. Coordenadora do programa ao vivo mais antigo da rádio, que completou recentemente 11 anos de veiculação – Campo de Peixe, aos sábados pela manhã – Elaine também empresta a voz para um gravado, além da chamada para outros programas e maioria dos ‘apoios culturais’ que vão ao ar.
No total, informa a jornalista, são veiculados atualmente sete programas ao vivo e outros oito gravados todas as semanas, envolvendo as mais diferentes temáticas, todos com forte conteúdo crítico, além de muito entretenimento. O restante da programação da rádio, que opera 24 horas, é preenchido com música diferenciada, grande parte produzida no próprio Campeche e capital, além de muita música latino-americana, antigas, clássicos e outras fora do circuito comercial.
A rádio também costuma se fazer presente na cobertura de eventos pontuais relevantes ao Campeche e à cidade, com transmissões ao vivo informando e orientando os ouvintes, como no recente caso da greve geral. Outra vertente da emissora é a interação comunitária, através da promoção de eventos e apresentações artísticas em sua sede, que inclusive está em vias de ganhar ampliação.
Com uma diretoria formada por oito pessoas, entre professores, estudantes e outros profissionais, sob a coordenação do professor aposentado Arnaldo Prudêncio, a rádio funciona em caráter estritamente voluntário, sem nenhum tipo de remuneração. A manutenção econômica se dá via apoios culturais e contribuições dos associados, contando atualmente com cerca de 60 ‘ativos’. (Foto: Divulgação/Arquivo/JC)