Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A solução para conter a degradação do prédio inacabado do novo posto de saúde do Campeche está longe de se materializar. Após ampla repercussão na mídia local da situação da unidade, que se encontra há meses submetida à ocupação e vandalismo, a Secretaria de Saúde informou apenas que concluiu a juntada de documentos e relatórios acerca da situação e encaminhou à Procuradoria municipal, que poderá impor sanções à executora da obra.
Acerca da retomada, a informação é de que projetos e orçamentos estão sendo atualizados, com levantamento dos danos provocados pelo vandalismo, para futura abertura de novo processo licitatório. Diante dos sucessivos votos de penúria feitos pela nova gestão municipal, as perspectivas não são animadoras. Com sucessivos atrasos no cronograma, a edificação deveria ser entregue em meados do ano passado, mas a empreiteira paralisou a obra, por problemas de documentação, faltando pouco de 23% dos trabalhos, informou a assessoria da Saúde municipal.
Os custos para conclusão do prédio inacabado, de 740 metros quadrados de área construída, também são divergentes. Estimativas da Prefeitura apontam a necessidade de cerca de R$ 700 mil para finalizar a edificação, enquanto estudos voluntários de uma empresa de engenharia local calcula em menos de R$ 500 mil. Levantamentos mais prosaicos, de lideranças comunitárias do bairro, estimam as despesas em menos de R$ 300 mil.
O secretário de Saúde do município, Carlos Alberto Justo da Silva, o Paraná, esteve recentemente em visita ao posto de saúde do bairro, que funciona em acanhadas instalações no centrinho do bairro. Também não trouxe notícias muito positivas. Descartou a pleiteada ampliação dos quadros de equipes de saúde da família da unidade, de dois para quatro, alegando restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal. Prometeu, no entanto, dar prioridade à solução do problema da falta de medicamentos e materiais que atinge a unidade. (Foto: Divulgação/Arquivo/JC)