Angelo Poletto Mendes/Redação JC
O ciclone provocou um prejuízo de mais de R$ 120 milhões para o município, segundo estimativas da Prefeitura da capital. A cidade foi a mais afetada pelo fenômeno na Grande Florianópolis. No município, as regiões que sofreram mais estragos, conforme o levantamento do governo municipal, foram Sul e Leste da Ilha.
O prefeito César Souza Júnior decretou situação de emergência no município, ainda no domingo (04/12) e vai buscar ressarcimento dos prejuízos junto ao Governo Federal. Em todo o município, foram 33 estabelecimentos de educação atingidos e 13 unidades de ensino, entre outros bens municipais.
O cálculo, no entanto, é bastante modesto, porque quantifica apenas danos envolvendo o patrimônio público, não levando em conta os prejuízos particulares e comerciais decorrentes do fenômeno. O governo municipal avisa, no entanto, que pelo menos para os comerciantes e prestadores de serviço existe perspectiva de apoio financeiro.
Aquelas entidades representativas do comércio, indústria e serviços que conseguirem protocolar levantamento de prejuízos com o desastre, envolvendo inclusive perdas com estoques e lucros cessantes de seus representados, poderão ser compensados. Esse levantamento é inclusive essencial para o reconhecimento da própria situação de emergência decretada no município.
Além dos danos estruturais, com a falta de luz as perdas de estoques de alimentos foram recorrentes no comércio local. Alguns ainda foram vítimas de arrombamentos e furtos em meio ao caos instalado após a tragédia. No primeiro dia útil após o desastre, o prefeito César Souza Júnior, acompanhado de secretários, esteve em visita ao Sul da Ilha, passando pelo Campeche, Armação e Ribeirão da Ilha.
Atendendo a um alerta da Defesa Civil municipal, que detectou suspeita de abusos de preços em alguns itens de material de construção após o ciclone, especialmente telhas, o Procon da capital avisa que está monitorando os preços no comércio local. No caso de constatação de variação de preço sem justificativas, o estabelecimento fica sujeito a multas. (Foto: Mauro Vaz/Divulgação/JC)