Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Começou a contagem regressiva para retomada das obras da rede do esgoto do Campeche. A Casan concluiu, no final de julho, o processo licitatório para contratação da empreiteira que vai executar as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), do Rio Tavares, peça-chave para viabilização de todo o sistema de saneamento da região. O gerente de Construção da companhia, Fábio Krieger, informou que duas empresas, uma catarinense e outra mineira, concorreram à execução. A homologação do vencedor deve ocorrer até meados de agosto.
O custo total da obra é de R$ 39,5 milhões, para edificação de uma estação com capacidade para tratamento de 202 litros por segundo de esgoto primário. O cronograma prevê 24 meses para execução da unidade, que será dotada de equipamentos para tratamento de esgoto em nível terciário, que significa produção de efluente com remoção integral de nutrientes (fósforo e nitrogênio) e de 90% da carga orgânica. Os recursos já estão assegurados, junto ao Ministério das Cidades.
Paralelamente à construção da estação, serão retomadas também as obras da rede de tubulações do Campeche, que complementam o sistema de saneamento do bairro, e também se encontram paradas há três anos. Conforme Krieger, para conclusão da rede local estariam faltando cerca de 10 quilômetros de tubulações, de um total de 25 quilômetros projetados. Também serão equipadas e botadas em operação as oito estações elevatórias, todas já construídas, que farão a condução do esgoto à estação. Estas obras devem absorver outros R$ 10,5 milhões, também já garantidos junto ao Ministério das Cidades.
A partir da homologação do vencedor da licitação, a ordem de serviço para início das obras pode sair a qualquer momento. O único entrave segue sendo a obtenção da Licença Ambiental de Instalação (LAI), que segue sob análise da Fundação Estadual de Meio-Ambiente (Fatma). O despejo inicial do efluente tratado na estação se dará no Rio Tavares, até a construção do futuro emissário submarino de esgoto projetado para o Campeche, que ainda demandará pelo menos mais cinco anos até ser viabilizado.
“A comunidade pode ficar tranquila, vamos lançar no rio uma água de melhor qualidade do que ela tem hoje”, destacou. Krieger informou, por outro lado, que a Casan segue buscando fontes de financiamento para ampliação da rede de esgoto do Sul da Ilha, contemplando Rio Tavares, inclusive no entorno da futura estação, além de Ribeirão da Ilha, Tapera e Carianos, entre outros. A estação do Rio Tavares está projetada para receber e tratar também o esgoto futuramente coletado nesses bairros, já que a rede do Campeche comprometerá pouco mais de 34% de sua capacidade. (Foto: Divulgação/Arquivo/JC)