Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Roubalheira
Uma nova onda de roubos vem castigando com cada vez mais intensidade o Campeche e o Sul da Ilha. Além dos crônicos casos de furtos a residências, muitos deles não inseridos na contabilidade oficial porque a maioria já não acredita em resultados práticos para reverter os prejuízos, são cada vez mais constantes também os assaltos ao comércio na região.
Em maio, foi intenso o barulho de sirenes pelo Campeche – o que significa que pelo menos as forças policiais estão mobilizadas – e o número de casos de roubos ao comércio na região. Só a tradicional Padaria Moreira, no Morro das Pedras, uma das mais antigas em atividade na região, foi vítima de nada menos do que três assaltos em oito dias em maio. O tradicional Centro Comercial Castanheiras também andou na mira dos assaltantes, numa recente ação que resultou até numa pessoa ferida.
Segundo Márcio Moreira, nos recentes assaltos dois motoqueiros armados renderam o caixa e levaram todo o dinheiro da padaria, sendo que numa das vezes se deram ao luxo de ainda levar pacotes de cigarros. “As funcionárias já não querem mais ficar, estão com medo; está muito difícil para a gente”, desabafou o comerciante, que emprega oito pessoas. Ele ressalva que a polícia esteve no local e prometeu intensificar rondas pela região.

Delegacia
Sonho antigo dos moradores do Campeche e região, a instalação de uma delegacia de polícia no distrito parece ainda muito distante. Segundo o delegado geral adjunto da Polícia Civil catarinense, Marcos Flávio Ghizoni Júnior, a viabilização da unidade só será viável, a curto e médio prazo, se vierem recursos federais, porque neste ano não existe orçamento para iniciar novos investimentos. O dirigente ressalta contudo que está ativo e funcionando muito bem o serviço de registro de Boletins de Ocorrência por meio eletrônico, não presencial. Ghizoni apela para que as vítimas registrem as ocorrências, porque servirão de referência importante para embasar futuros incrementos de estrutura física e pessoal nestas regiões.

Duplicação
Embora tenha conseguido iniciar e terminar raras obras desde o início de sua gestão, em 2013, o prefeito César Souza Júnior arregaça as mangas mais uma vez e anuncia a largada de nova obra importante para a cidade. A bola da vez é a Rua Deputado Antônio Edu Vieira, que faz a conexão do Sul da Ilha com a UFSC e o centro da cidade, que ganhará duplicação no trecho que se estende do Córrego Grande ao Armazém Vieira, num extensão de 1,9 quilômetro. Ao custo de R$ 38 milhões, tem previsão de conclusão no prazo de três anos.

DIRETAS
CRIANÇAS – O bairro do Sul da Ilha vai ganhar uma nova creche com capacidade para 180 crianças. A Prefeitura anunciou a assinatura da ordem de serviço para o início das obras da unidade, que vai custar R$ 1,7 milhão, no final de abril.
ESPORTE – O ginásio reformado da Escola Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, vem sendo utilizado como base de um projeto social de inclusão esportiva, com aulas de futebol gratuitas para crianças.
RECICLAGEM – Satiro dos Santos, um gari que trabalha há 14 anos na Comcap, transforma resíduos sólidos em material escolar, que doa para escolas municipais. Nas mãos do coletor, conhecido como Baleia, papéis, garrafas PET e embalagens de leite viram material escolar.
CRÉDITO – A Secretaria de Defesa do Consumidor da capital promove nova edição do mutirão de recuperação de crédito, voltado para consumidores inadimplentes, que dessa vez terá a participação de representantes de lojas populares da cidade.
FOTOGRAFIA – O Campeche está na iminência de ganhar uma escola de fotografia, inicialmente voltada ao público amador, nos níveis básico e intermediário, de todas as faixas etárias. A Imagem Plela será comandada pelas fotógrafas Leda Bárbara Soares e Rosana Silveira.
SEOVE – A Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna (Seove), que mantém um asilo de idosas carentes, promoveu em maio um emocionante e prestigiado jantar em homenagem às mães.

FOTO-LEGENDA
EXEMPLO: Gari da Comcap Satiro dos Santos transforma resíduos sólidos em material escolar que doa a estudantes de escolas públicas da capital Foto: Divulgação/JC

PARA REFLETIR
“Mentes são como paraquedas, só funcionam abertas”
Ruth Noller