Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Há menos de oito meses do prazo previsto para sua conclusão, em novembro deste ano, o ritmo das obras de construção do novo elevado do Rio Tavares, no Sul da Ilha, indica que dificilmente os moradores da região já poderão contar com o novo equipamento viário na próxima temporada. Além da notória dificuldade financeira que atravessam governo e Prefeitura, uma sucessão de ‘imprevistos’ põe em xeque o futuro da obra.
A edificação, que teve seu início efetivo em maio do ano passado, sofreu seu primeiro revés ainda em meados de 2014, quando fracassaram as duas primeiras licitações para contratação da obra, que não atraíram concorrentes. Na sequencia, o projeto de engenharia sofreu reformulação e, menos de um mês após o início dos trabalhos, veio a descoberta de vestígios arqueológicos no local, que impuseram novo atraso nas obras.
O mais novo motivo da quase paralisia no andamento das obras, além da escassez de recursos para desembolso dos pagamentos das desapropriações, envolve questões geológicas. Segundo o diretor da Secretaria de Obras municipal, engenheiro Américo Pescador, terá que ser refeito todo o projeto de escoramento das bases de concreto, substituindo madeira por aço, em função das características do solo local, de baixíssima resistência.
Pescador acredita que, mesmo diante do novo impasse técnico, ainda é possível concluir a obra no prazo. O maior problema, conforme ele, seria o atraso nos repasses para pagamentos de desapropriações, que impede o avanço das obras para trechos essenciais. O vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento do Sul da Ilha (Codesi), Sérgio Aspar, critica a sucessão de entraves técnicos no andamento da obra. “Esses tipos de problemas já deveriam ter sido detectados antes do início das obras, isso é muito amadorismo”, lamentou. (Foto: Divulgação/Arquivo/JC)