Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A novela das obras de acesso ao futuro novo aeroporto da capital, cruciais para equacionar o drama dos congestionamentos que castigam os moradores do Sul da Ilha, abrindo uma nova fronteira de acesso à rodovia SC-405 através da rodovia da Tapera, segue muito longe dos capítulos finais. Depois de uma interrupção de quase um ano, as obras que reiniciaram por etapas há pouco mais de seis meses seguem sem contemplar um dos trechos essenciais à sua viabilização, em função de divergências acerca do traçado ideal.
Isso significa, a rigor, que não se sabe ainda por onde será edificado um trecho de mais de 2,5 quilômetros de pavimentação asfáltica, que integrará as duas pontas da obra em andamento. O presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, contemporiza e garante que uma audiência de conciliação prevista para acontecer ainda em abril deve finalmente ‘bater o martelo’ acerca do traçado.
Conforme ele, existem três opções de traçado em discussão, o original pleiteado pelo Deinfra, que agrada à comunidade local, mas é contestado pelo ICMBio porque passa fronteiriço à área de preservação permanente; um segundo defendido pelo instituto, mas rejeitado pelo governo porque implica em despesas elevadas com desapropriações; e um terceiro que teria aquiescência das partes.
Agostini garante, contudo, que a demora no licenciamento e contratação desta etapa não compromete a conclusão da obra. Segundo ele, “o governo vai fazer todo esforço para que quando o novo terminal estiver pronto, a rodovia também esteja”, o que não é lá muito auspicioso, visto que o novo terminal ainda habita apenas o mundo dos sonhos. Em relação aos três lotes em andamento, o dirigente garantiu que as obras iniciadas em agosto do ano passado estão dentro do cronograma, com 11% a 40% dos trabalhos executados.
Bastante elástico, o cronograma do lote mais demorado, que prevê a pavimentação de um trecho de 3,5 quilômetros ao custo de R$ 23 milhões, fixa 720 dias para sua conclusão, o que remete seu término, na melhor das hipóteses, para o final de 2017. Outro trecho, com 6,4 quilômetros, ao custo de R$ 28 milhões, tem prazo de 540 dias para conclusão. Acerca do trecho indefinido, Agostini não arrisca um prazo para conclusão, após o início efetivo de obras. “O contrato é que vai fixar o prazo”, alegou. (Foto: Milton Ostetto/Divulgação/JC)
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