Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Sob pressão, após manifestação que reuniu quase uma centena de moradores e bloqueou parcialmente a Via Expressa Sul no dia 17/11, a Prefeitura retomou, no dia seguinte, as obras de revitalização do trecho final da Avenida Jorge Lacerda, na Costeira do Pirajubaé, numa extensão de aproximadamente 300 metros. A obra foi uma das três principais em execução no Sul da Ilha que tiveram trabalhos reduzidos ou interrompidos, no final de setembro, após novo corte de investimentos anunciado pelo governo municipal para enfrentar a crise.
As outras duas foram a revitalização de trecho da Baldicero Filomeno, na Freguesia do Ribeirão da Ilha, e a drenagem e pavimentação da Rua Coruja Dourada, no Campeche. Um pacote de pavimentações de ruas, que contemplaria o Sul da Ilha com 47 obras viárias, também foi suspenso. O diretor geral da Secretaria de Obras, Américo Pescador, admite que o município enfrenta dificuldades de caixa, mas assegura que as obras serão concluídas. O trecho já recebeu uma primeira camada asfáltica e até o final de novembro ganhará capeamento final.
Em relação à Baldicero Filomeno, que teve um amplo trecho paralisado após a retirada de lajotas para reforma do sistema de drenagem, gerando poeira, transtornos ao tráfego e muita revolta da comunidade local, Pescador garante que será providenciada uma solução ainda antes da temporada. Parte do trecho terá as lajotas recolocadas e noutro será assentado o estoque de paver já disponibilizado no local.
“Essa obra era quase 70% de recursos federais e não veio nada”, alegou Pescador. Morador do local, o ex-vereador Aurélio Valente critica a Prefeitura. “Faltou planejamento; eles contavam com a verba e iniciaram a obra, depois não tiveram como terminar; deveriam já ter aproveitado e instalado também fiação subterrânea”, comentou.
Já a Rua Coruja Dourada não terá suas obras reiniciadas neste ano. A expectativa é de que a retomada ocorra a partir de março, já contando com melhorias no fluxo de caixa municipal. Via com 1,3 quilômetro entre Campeche e Morro das Pedras, e intensamente habitada, a Coruja Dourada já atravessa mais de uma década e pelo menos três governos sob promessas de pavimentação. A rua tem até uma comunidade numa rede social para acompanhar o vai-e-vem sem fim de suas prometidas obras. (Foto: Divulgação/JC)