Angelo Poletto Mendes/Redação JC
O questionamento da qualidade de água ofertada pela Casan não é exclusividade da população do Sul da Ilha. Em meados de setembro, a estatal foi intimada pelo Ministério Público de Santa Catarina, em decorrência da detecção de 31 irregularidades no processo de captação e tratamento da água que abastece grande parte da região metropolitana de Florianópolis, incluindo a região continental e central da Ilha de Santa Catarina, constadas durante inspeção conjunta de diversos órgãos, entre eles Vigilância Sanitária e Ministério Público.
As irregularidades, conforme o Ministério Público Estadual, foram cometidas nos rios Vargem do Braço e Cubatão, onde a água é captada para posterior tratamento na estação de Morro dos Quadros, em Palhoça. A fiscalização empreendida nos locais foi decorrente da falta constante do produto e percepção de problemas recorrentes na qualidade do produto, entre eles a presença de resíduos químicos e metais pesados, como fluoreto e alumínio, além de coliformes fecais.
Há cerca de seis anos, a constatação de uma série de problemas nas mesmas redes de captação, além da estação de tratamento, resultou na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), na qual a empresa se comprometia em promover correções nestes sistemas, algumas dos quais não foram cumpridas. O novo superintendente da Casan, Lucas Barros Arruda, disse que a partir de dezembro, quando estiver concluída a instalação de um novo aparelho flocodecantador na estação de Palhoça, a água oriunda do local obterá importantes ganhos de qualidade. (Divulgação/Arquivo/JC)