Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Pouco mais de dois meses após seu início efetivo, no começo de junho, as obras de construção do novo elevado do Rio Tavares ainda pouco interferiram no tráfego local, gerando dúvidas em boa parte da população acerca da sua execução. Isso porque a primeira etapa da futura edificação viária, considerada crucial para melhorar a mobilidade regional, se encontra ainda nas fases de estaqueamento e fundações, trabalhos que proporcionam pouco impacto visual.
O secretário municipal de Obras, Rafael Hahne, garante, no entanto, que a obra prossegue em ritmo normal, permitindo manter a expectativa de conclusão em 18 meses, até o final do próximo ano. Nenhum novo imprevisto técnico ameaça o andamento da edificação, de acordo com ele, nem mesmo em relação à questão envolvendo resquícios arqueológicos. Estudos apontavam a existência de possíveis sambaquis na região, mas até o momento não foram encontradas pouco mais do que algumas conchas isoladas.
“Neste momento, estamos concentrados na execução do segundo bloco de concreto de sustentação dos pilares, que são atividades de subsolo que pouco aparecem”, explicou ele, no começo de agosto. Ao todo, o equipamento viário terá 12 pilares. O dirigente assegura, contudo, que a partir de meados de agosto e início de setembro, a obra deve ganhar maior visibilidade, com a conclusão do primeiro desvio de acesso, no sentido Lagoa-Centro, que provocará alterações no tráfego local, e a posterior instalação do primeiro pilar de sustentação de pista, que será assentado no meio da rodovia.
Maior obra viária em execução na capital, o elevado do Rio Tavares terá um custo total de mais de R$ 30 milhões, sendo R$ 15 milhões em obras físicas, e aproximadamente R$ 17 milhões em desapropriações de imóveis no entorno da edificação. A obra está sendo executado pelo Consórcio Conpesa-BTN, (Construção Pesada), do Grupo. Apesar da confiança no governo municipal do deslanche da obra sem interrupções, existem alguns imbróglios negociais envolvendo desapropriações que podem ter solução mais complicada.
O elevado do Rio Tavares terá 220 metros de extensão, fazendo a ligação, em forma de anel, entre o Rio Tavares e os acessos viários a Lagoa da Conceição e Campeche/Sul da Ilha. O equipamento será dotado de pista exclusiva para ônibus e contará ainda com calçadas e ciclovias no seu entorno. É apontado como solução para agilizar a mobilidade na região, considerada uma das mais complicadas da Grande Florianóplis, por onde passam diariamente mais de 50 mil veículos, durante a baixa temporada. (Foto: Divulgação/Arquivo/JC)