Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A Casan está intensificando a colega de amostras de água do Rio Tavares, virtual destino temporário do efluente tratado na estação de esgoto que será edificada na região. Segundo o gerente de Construção da empresa, Fábio Krieger, os primeiros resultados de análises destas amostras já devem ser encaminhados à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) no final de junho..
Dos estudos exigidos pela Fatma para possível liberação de lançamento do efluente no rio, de acordo com Krieger, apenas três seriam mais complexos, demandando prazo mais elástico, entre seis a 12 meses. “Os outros são simples, não levam mais do que 90 ou 120 dias”, explicou. A Casan precisa municiar a Fatma destes estudos para obter a licença de instalação, que permitirá a retomada das obras da rede de esgoto da região, paralisadas há quase dois anos.
As coletas abrangem cinco pontos, dois deles no entorno da futura estação do Rio Tavares, outros dois próximo à ponte e o último perto do ponto de deságüe do rio no mar. Segundo a Casan, somente no ano passado, portanto ainda antes da obtenção da licença prévia da Fatma para lançamento de esgoto no rio, já foram realizados quase mil análises de amostras, para verificação de salinidade, turbidez e presença de resíduos orgânicos, entre outros indicadores.
Os primeiros resultados, conforme a Casan, mostraram que os pontos mais críticos em termos de qualidade da água se encontram nas imediações da ponte, em decorrência da concentração urbana do entorno e conseqüente lançamento de esgoto in natura no rio. Para obter a licença, a Casan anunciou também a ampliação da rede de esgoto projetada para a região, alcançando também as áreas ribeirinhas.
Krieger revela que no final de abril apresentou o projeto da futura estação de esgoto local ao conselho deliberativo da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, formada por representantes do ICMBio e maricultores, entre outros. Para obter a licença prévia da Fatma, a Casan promoveu ajustes no projeto da estação, que passa a ter tratamento terciário, com lançamento de efluente com menor carga possível de resíduos orgânicos. A Casan assegura que a implantação da rede trará ganhos na própria qualidade das águas do Rio Tavares. (Foto: Rhamany Karsten/Divulgação/JC)