Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Depois de mais de um ano de total paralisia, a novela da rede de esgoto do Campeche está próxima de ganhar novos capítulos. A esperada licença ambiental para retomada das obras, que dormita há mais de um ano entre gabinetes da Fundação Estadual do Meio Ambienta (Fatma) e Instituto Biodiversidade Chico Mendes (ICMBio) estaria por ser liberada, estipulando, contudo, uma série de condicionantes para a retomada dos trabalhos de construção do sistema de esgotamento da região.
A pedra-de-toque da questão é o destino temporário do efluente a ser tratado na futura estação de esgoto do Rio Tavares, até que o polêmico emissário submarino projetado para o Campeche seja viabilizado. A gerente de Meio Ambiente da Casan, Patrice Barzan, informou que o pleito da Casan de lançamento no rio, em caráter provisório, estaria perto de obter anuência do ICMBio, desde que respeitadas diversas exigências.
A principal, informa ela, é que o efluente a ser lançado receba tratamento terciário, com remoção de nitrogênio e fósforo, que garante o despejo de água com alto grau de pureza. Sem a resolução deste imbróglio, toda a rede de esgoto da região, que envolve cerca de 55 quilômetros de tubulações, oito estações elevatórias e a própria estação de esgoto do Rio Tavares, não pode ser retomada.
Acerca do polêmico emissário, previsto para o Campeche, a dirigente informou que a expectativa é que esteja pronto até meados do próximo ano o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), que vai nortear as discussões públicas do projeto, orçado em mais de R$ 100 milhões. (Foto: Milton Ostetto/Divulgação/Arquivo/JC)