Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Moradores do Campeche e Sul da Ilha estão perto de ganhar uma nova opção de lazer e convivência junto à natureza. As obras de revitalização da tombada Lagoa da Chica, no Campeche, avançam a olhos vistos e devem ficar prontas até fevereiro próximo, conforme previsão de João Carlos da Silva, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Eucaliptos (Amoje), entidade contratadora da obra.
Ao contrário do que informou este jornal na edição anterior, Silva explica que numa iniciativa pouco usual, viabilizada através de intervenção do ex-intendente do bairro e atual vereador Vanderlei Farias, o Lela, em parceria com o ex-presidente da Fatma, Gean Loureiro, a entidade comunitária local foi escolhida para ser a gestora da obra, executada com recursos repassados pela Celesc, resultado de multa imposta à estatal por causa de acidente ambiental ocorrido há quase dois anos na Tapera.
Silva diz que a reivindicação de melhorias no local é antiga, inclusive através de mobilização de outras associações comunitárias, mas a obra só teria ganhado corpo após a intervenção de Farias. “Foram 14 meses de reuniões e muito trabalho para se conseguir essa obra”, assinalou o ex-intendente Lela. O vereador avisa que sua próxima luta, na Câmara, será pela inserção da lagoa na unidade municipal de conservação Parque das Dunas da Lagoa, o que deve garantir recursos regulares para sua preservação.
As obras de revitalização da Lagoa da Chica abrangem uma área de 14 mil metros quadrados, compreendendo construção de calçadas, deques, mirante, ciclovia, parquinho e academia ao ar livre, entre outras benfeitorias, além do próprio desassoreamento da lagoa, que já se encontra em fase de licenciamento. No total, serão investidos no local em torno de R$ 850 mil. Os recursos só são repassados, no entanto, de forma parcelada a cada medição de obra comprovada por técnicos da estatal.
Criada em 2007, a Amoje abrange um universo de 2,2 mil moradores, residentes na Rua Jardim Eucaliptos, Corticeiras e imediações. Silva salienta que a próxima luta da Amoje, para fechar com chave de ouro o novo parque público e de lazer para a comunidade é a conclusão de trecho final da Rua das Corticeiras, com cerca de 400 metros, que margeia a lagoa. Residente no entorno há quase 15 anos, o aposentado Gaspar Rogério Goulart diz que a obra está mudando a vida dos moradores locais. “Isso aqui estava abandonado, era usado como depósito de entulho e até lixo; agora virou espaço de convivência; muitas famílias já têm vindo aqui passear e conhecer”, assinalou. (Foto: Milton Ostetto/Divulgação/JC)