13 de maio de 2014

Futuro de rede de esgoto do Campeche sob ameaça

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

A rede de esgoto do Campeche caminha inabalável para comemorar o primeiro aniversário de paralisação total das obras. Sem perspectiva de resolução para a pendenga envolvendo a renovação da licença ambiental junto à Fatma para execução das obras, especialmente o destino provisório dos efluentes tratados pleiteado pela Casan, o sistema corre o risco de virar até um ‘elefanteFOTO CASAN.MiltonOstettoDivulgaçãoJC branco’.
Isso porque a falta de obras pode comprometer até a liberação de recursos federais vinculados ao projeto. A última intervenção física na rede local ocorreu em agosto de 2013. Com a indefinição sobre a renovação da licença e o conseqüente bloqueio de recursos, a empreiteira paulista Stemag desativou até o canteiro de obras que manteve durante vários anos na Rua Auroreal, no Campeche.
O gerente de Construção da Casan, Fábio Krieger, admite que a empresa corre contra o tempo para não perder os recursos federais, que imporiam dificuldades ainda maiores para concluir a rede. Como houve desembolsos ainda em novembro do ano passado, referentes à obra, conforme ele, o prazo limite para retomada seria o final de 2014. O dirigente admite, contudo, que o largo período de inatividade torna onerosa a retomada das obras, pelo desgaste dos equipamentos inativos.
A Casan pleiteia autorização para lançar, em caráter temporário, efluente de esgoto tratado no Rio Tavares, até a construção do polêmico e caro emissário submarino, orçado em cerca de R$ 100 milhões. Sem essa solução, a rede de esgoto do bairro, mesmo que seja concluída, ficará inativa por pelo menos cinco anos, até a conclusão do equipamento, previsto para entrar em operação, na melhor das hipóteses, em meados de 2020. (Foto: Milton Ostetto/Divulgação/JC)