Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Os elevados originais projetados para o Sul da Ilha, idealizados como obras complementares à Via Expressa Sul, nos anos 2000, previam edificações quase oito vezes maiores que o novo elevado sobre o Rio Tavares. Isso porque a Via Expressa Sul originalmente se estenderia até imediações do aeroporto e seria complementada por dois elevados, que sobreporiam o Rio Tavares e ligariam a Costeira ao Rio Tavares.
Cada elevado teria nada 860 metros de extensão. A única tentativa de viabilização do projeto, em meados de 2002, contudo, acabou obstaculizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que acusou indícios de irregularidades na contratação da empresa vencedora da licitação. Os Consórcio Odebrecht/ARG e Camargo Corrêa, que haviam ganhado a concorrência, ofertaram preço quase 20% superior ao das empresas perdedoras.
O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) alegou na época que as eliminadas não possuíam capacitação técnica comprovada para execução da obra, considerada de alta complexidade. O governador Esperidião Amin, no entanto, decidiu acabar com o imbróglio revogando a licitação. Sem os elevados, a Via Expressa foi encurtada, terminando no Trevo da Seta. Em 2011, ganhou um elevado bem mais modesto, durante a gestão do ex-prefeito Dário Berger.