Angelo Poletto Mendes/Redação JC

A súbita retirada da data de conclusão da placa afixada defronte ao prédio e novo silêncio acerca da entrega da Escola Jovem do Sul da Ilha estão gerando uma onda de revolta nos moradores do Campeche e região. Pais de alunos, professores e estudantes da escola João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, que possui 650 alunos que serão realocados para a nova unidade, decidiram não reiniciar o ano letivo e intensificar a pressão para entrega imediata da escola jovem.
A professora de biologia Sandra Sauer alega que a João Gonçalves Pinheiro não possui mais condições de abrigar  atividades escolares. “O prédio está em situação precária, pondo em risco a própria integridade de alunos e professores; os pais deixaram claro que não querem mais deixar seus filhos estudarem aqui”, assinalou. A Prefeitura, dona do prédio, já informou que o mesmo em breve será demolido, para abrigar nova creche municipal.
Em meados de fevereiro, moradores fizeram uma ampla manifestação defronte à escola jovem. Em resposta, a Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis teria se comprometido a entregar a unidade no final de março, permitindo início de atividades ainda em abril. Apesar disso, segundo professores, a Secretaria de Educação insiste que sejam mantidas atividades na João Gonçalves.
Professores temem que esteja em curso uma prorrogação proposital, para uso da obra como ‘moeda eleitoral’. A própria empreiteira, que assegurava entregá-la até o final de abril, subitamente também tergiversa, alegando significativas pendências financeiras.  Mesmo assim, informou um dirigente da construtora Global, se houver a quitação, a entrega pode ser quase imediata. “Os blocos escolares estão prontos, fica faltando apenas a quadra esportiva que pode ser isolada e tocada paralelamente”, informou um dirigente da empreiteira.
FOTO-LEGENDA: ENTREGA de prédio na nova Escola Jovem do Sul estava prevista para abril
CRÉDITO-FOTO: Milton Ostetto/Divulgação/JC)