5 de julho de 2013

Sai licença ambiental e obra de novo acesso ao aeroporto deve deslanchar

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Dentro de 18 meses, o Sul da Ilha deve ganhar uma nova opção de acesso aos bairros da região, com a entrega ao tráfego da nova rodovia ampliada de acesso ao aeroporto da capital. Apesar do aparente ritmo lento das obras, o Deinfra mantém a expectativa de liberar ao tráfego até dezembro de 2014, apenas pendente de acabamentos, todo o novo trecho de 8,7 quilômetros de rodovia ampliada, que se estende do Trevo da Seta até a confluência com a Rodovia Aparício Ramos Cordeiro, conhecida como Rodovia da Tapera, que permitirá um novo acesso alternativo à SC-405 para o Sul da Ilha. Desde meados de junho chama a atenção no local uma grande quantidade de toras de eucaliptos. O Deinfra informa que o material será empregado na composição da primeira base da rodovia, num trecho de 410 metros de mangue, logo após a ponte sobre o Rio Tavares. Serão nada menos do que 1,8 mil toras, dispostas em forma de trama, intervaladas por brita, que funcionarão como uma espécie de fundação da rodovia. Outro trecho de 190 metros de mangue remanescente receberá base em geogrelha, tecido a base de polietileno. A segunda base da rodovia nesse trecho, informa o Deinfra, será aplicada após um período de cinco meses, necessário para adensamento da primeira camada. Depois, nova pausa de cinco meses precederá a aplicação da camada asfáltica final sobre o trecho. Paralelamente, contudo, garante o Deinfra, serão executadas todas as demais etapas da novo complexo viário, que inclui ampliação da ponte e até um viaduto, no trevo de acesso ao Estádio do Avaí. Depois de uma longa espera, o licenciamento de instalação da obra foi finalmente liberado pela Fatma, no final de junho, permitindo à empreiteira Espaço Aberto fixar um cronograma de obras. O Deinfra informa, por outro lado, que foi concluída com êxito a primeira etapa de remoção de vegetação sobre área da reserva extrativista da Costeira do Pirajubaté, que por determinação do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) teve que ser feita de forma artesanal para não causar impacto na fauna local. Outro trecho remanescente de área de restinga estaria em discussão sobre a possibilidade de uso de maquinário para acelerar a limpeza. O custo total da obra, iniciada em janeiro, abrangendo despesas com desapropriações, atinge cerca de R$ 100 milhões, financiados pelo Governo Federal. (Foto: Mauro Vaz/Divulgação/JC)