Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A revitalização da orla da Armação entregue pela Prefeitura em abril agradou à maioria da população local. Apesar de ainda restarem algumas pendências para sua conclusão integral, o vice-presidente do Conselho Comunitário do bairro, Sérgio Aspar, garante que a obra está recuperando a auto-estima da comunidade local, estimulando os comerciantes e atraindo visitantes. Nos bastidores, contudo, a obra é motivo de ruidoso imbróglio. A Prefeitura acaba de tornar público documento recebido do Ministério da Integração exigindo a devolução de quase R$ 14 milhões em função de irregularidades técnicas na obra de deposição de rochas sobre a orla local, implementada em meados de 2010. O documento, que teria sido recebido em outubro de 2012, aponta execução de trecho menor do que o contratado e sinais graves de deterioração na obra, reprovada pelos técnicos do ministério. Por causa disso, o município estaria sob risco de se tornar inadimplente junto ao governo federal e ficar inabilitado para novos financiamentos. A pendência não teria sido informada pela gestão anterior, tendo sido detectada através de consulta casual junto ao ministério. O procurador geral do município, Júlio César Marcelino, informou que já encaminhou representação ao Ministério Público Federal noticiando os fatos para as devidas providências. Aspar, do conselho comunitário, disse que o imbróglio não preocupa os moradores. “No âmbito local, essa questão não tem maior relevância”, disse. O dirigente cobra da Prefeitura a conclusão da revitalização. “Ficaram faltando uns 10 metros de calçadão, um deque, academia, ajardinamento e iluminação”, enumerou. O dirigente elogiou, por outro lado, a ponte construída sobre o rio Sangradouro, recentemente finalizada. “Ficou ótima”. (Fotos: Willi Heisterkamp/Divulgação/JC)