Angelo Poletto Mendes/Redação JC
As obras de duplicação da Avenida Diomício Freitas, no Sul da Ilha, finalmente ganharam visibilidade em meados de abril, com o surgimento das primeiras máquinas no local, que atuaram na remoção de vegetação sobre área que vai abrigar o novo trecho da rodovia. A permanência dos equipamentos no local, contudo, não duraram mais do que três a quatro dias, gerando especulações de que teriam sido removidos para atuação em outra rodovia, em região oposta da cidade. O presidente do Deinfra, Paulo Meller, nega qualquer interrupção na obra. Segundo ele, as máquinas atuaram pontualmente num trecho previamente determinado, conforme os termos fixados no licenciamento ambiental da obra. “As máquinas fizeram o que era possível; a partir de agora, a extração de vegetação precisa ser feita de forma artesanal para preservar ovos de pássaros e outras espécies da fauna local”, explicou. “Não podemos esquecer que estamos sobre uma reserva biológica”, emendou. Essa etapa ‘artesanal’, calcula Meller, deve se estender até meados de junho, se não surgirem imprevistos, como a descoberta de resquícios arqueológicos ou similares. O dirigente garante que esta fase é uma das mais complexas da obra, por causa das questões ambientais, mas prevê que a partir do retorno das máquinas, no segundo semestre, os trabalhos devem deslanchar. “Mantenho a expectativa de deixar o novo acesso rodoviário transitável até o final do próximo ano”, afirmou. O presidente do Deinfra ressalta que a obra terá impacto mínimo no trânsito local, porque o novo trecho será edificado integralmente no lado direito da atual rodovia, no sentido centro-sul. O dirigente destaca ainda que o processo de desapropriação está avançando, minimizando riscos de eventual interrupção da obra por causa de algum impasse legal. “Cerca de 40% do trecho já está desapropriado; o Deinfra não tem histórico de interrupção de obra por causa de problemas na desapropriação”, assinalou. (Foto: Mauro Vaz/Divulgação/JC)