Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Apesar da declaração do prefeito César Souza Júnior de que deseja retomar as discussões do plano diretor da capital através de um processo efetivamente participativo, a retomada prática do processo frustrou as principais lideranças comunitárias do Sul da Ilha. Convocada para reativação do Núcleo Gestor do plano diretor participativo, a primeira reunião promovida pela administração municipal para retomada das discussões, no dia 25/04, terminou sem qualquer avanço na definição de uma agenda de debates. A segunda, marcada para o dia 09/05, foi cancelada. O presidente da Associação de Moradores do Campeche (Amocam) e delegado distrital substituto no Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo, Ataíde Silva, disse que vê com preocupação a morosidade na retomada do processo. “Se o poder público quer fazer um trabalho rápido, precisa definir logo a agenda e acelerar o ciclo de discussões”, comentou. “Estamos praticamente no final do semestre e ainda não temos sequer um projeto claro de discussões”. Para ele, a demora na definição de uma agenda, além de retardar a conclusão do processo ainda gera desconfiança nos movimentos comunitários. “Sem um calendário objetivo, ficamos temerosos até de que possa de repente surgir de novo um pacote pronto, a exemplo do que tentou administração anterior”, assinalou. O delegado distrital do Pântano do Sul, Gert Schinke, define a primeira reunião para retomada do processo como decepcionante. “Não trouxe qualquer avanço prático, não ficou definida agenda e sequer a metodologia que será adotada no processo”, afirmou. “A Prefeitura está querendo mostrar que está trabalhando, mas infelizmente foi uma reunião absolutamente estéril, não passou de um convescote”, disparou. (Fotos: Divulgação/JC)