Para viver melhor Exercitar-se é essencial na prevenção e no tratamento das doenças, que surgem com maior frequência, ou se agravam, nas pessoas sedentárias. Entre as recomendações médicas, fazer exercícios é uma das mais comuns, embora nem sempre seja a mais cumprida. Atividade física é importante, mas qualquer um pode exercitar-se? O que eu posso, e o que eu não devo fazer? E com que frequência e intensidade? A melhor resposta para estas questões é que os exercícios não vão piorar sua saúde. Devem melhorá-la, além de combater as doenças de base, desde que sejam feitos de forma adequada. Mas nem todos os exercícios podem ser feitos por qualquer pessoa. É preciso que o programa seja individualizado, com prescrição detalhada, cuidados na execução e muita atenção na frequência e na intensidade. Eficácia e segurança – Fazer exercícios é a melhor maneira de chegar aos 100 anos com qualidade de vida. Como cada parte do corpo tem uma função, quando usada com moderação e exercitada, se torna saudável, bem desenvolvida e envelhece mais devagar. Mas quando não é exercitada, está sujeita à doença, apresenta crescimento defeituoso e envelhece com rapidez. Para que um programa de atividades físicas seja desenvolvido com eficácia e segurança, é fundamental que haja a prescrição dos exercícios, detalhando o modelo, a intensidade, a quantidade, a duração e a frequência. Para idosos e pessoas com doença ou disfunção, é fundamental que a prescrição seja médica, pois a prática da atividade física errada pode piorar doenças e alterações relacionadas com o envelhecimento. A maioria das doenças que causam dor e incapacidade precisa ser tratada com exercícios. São os casos de artroses, problemas de coluna, dores no joelho, no ombro e nos pés. A inclusão dos exercícios estimula a correção de maus hábitos. A importância dos músculos – Há grande diminuição da força muscular com o envelhecimento. O sedentário perde 30% de massa muscular dos 50 aos 80 anos. Esta perda tem relação com a incapacidade e a manifestação de doenças do sistema musculoesquelético: dor, dificuldade de se locomover e carregar peso, que comprometem a qualidade de sua vida. A musculação é indicada para a maioria dos idosos, depois de avaliação médica que oriente o tipo e a intensidade dos exercícios, sem sobrecarga cardíaca e articular. Se tiver que fazer uma atividade, faça musculação. Força muscular é necessária para se construir um alicerce da estrutura corporal. A musculação proporciona as condições para o movimento e o trabalho de flexibilidade e consciência corporal melhora a qualidade desta execução. A flexibilidade e a consciência corporal são importantes, mas quando praticados de forma isolada, seus benefícios na melhora da condição física são duvidosos. (Dr.Paulo Roberto Machado de Lima, médico-fisiatra e médico do exercício e do esporte)
1 de abril de 2013