Angelo Poletto Mendes/Redação JC
A visibilidade que a obra de construção do novo acesso rodoviário ao aeroporto da capital ganharia a partir de março, prometida pelo governo estadual, não se confirmou. Contratada em solenidade revestida de pompa e circunstância, em 16/01, nas proximidades do estádio da Ressacada, a vultosa obra de 8,7 quilômetros de extensão de rodovia duplicada, entre o Trevo da Seta e início da rodovia Aparicio Ramos Cordeiro, na Tapera, além de viaduto, passarela e nova ponte sobre o Rio Tavares, continua na obscuridade para a maioria da população. O presidente do Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra), Paulo Meller, garante, contudo, através de sua assessoria, que a obra está em pleno andamento, com importantes avanços na resolução das desocupações imobiliárias ao longo do trecho que será duplicado, bem como na definição do cronograma de remoção das redes de esgoto, telefonia, energia elétrica e televisão a cabo, necessária para viabilizar os trabalhos na rodovia. Segundo o dirigente, está mantida a expectativa de deixar a rodovia transitável já no final do próximo ano. O secretário alega que a demora na execução de trabalhos físicos na rodovia decorre de novas exigências impostas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) para a liberação das licenças ambientais para a obra, que vai avançar sobre área da Reserva Extrativista da Costeira do Pirajubaé. Na iminência da liberação da licença, alega o Deinfra, o instituto teria solicitado novos documentos ao governo. “Nossa expectativa é que essa licença saia agora nos próximos dias”, assinalou Meller, através de sua assessoria, no dia 20/03. Apontada como verdadeira redenção para o sistema viário do Sul da Ilha, já que após sua conclusão surgirá novo acesso alternativo à SC-405 para chegar aos bairros da região, a nova rodovia vai custar, somente em obras físicas, cerca de R$ 80 milhões. Outros R$ 20 milhões serão gastos com desapropriações. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/Arquivo/JC)