Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Interrompidas pela construtora no final do ano passado, em função da falta de repasses financeiros por parte do governo estadual, as obras de construção da futura Escola Jovem do Sul da Ilha, no Rio Tavares, foram reativadas timidamente em meados de fevereiro, após apelo de dirigentes estaduais, e devem ganhar novo impulso a partir deste mês. Isso porque o governo teria acabado de quitar parcelas pendentes com a empreiteira, que estariam atrasadas há cerca de seis meses, permitindo a retomada das obras em ritmo mais acelerado. “Agora estamos tocando a obra a todo vapor e podemos acelerar ainda mais se não faltarem recursos”, avisa o diretor da construtora Global, Mauro Ricardo. O secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Renato Hinnig, responsável pela obra, disse que a meta é concluir a escola até o início do segundo semestre deste ano. “Informo que em audiência com o governador Raimundo Colombo, que tivemos recentemente, houve a determinação dele junto ao secretário Eduardo Deschamps, da Educação, para que libere os recursos necessários para acelerarmos a conclusão da obra, no mais tardar, no início do próximo semestre”, escreveu ele, em email endereçado ao Conselho Comunitário do Rio Tavares. Apesar da determinação do secretário, o empreiteiro acha bastante difícil que o empreendimento fique pronto antes do final de agosto. “Tem um monte de coisas que não estão planilhadas; é uma obra gigantesca, são seis mil metros quadrados, e que sofreu uma série de alterações no projeto de engenharia ao longo dos trabalhos, que complicam a sua execução”, comentou. Por causa disso, estaria para sair um aditivo ao contrato. A obra, de acordo com ele, está atualmente com cerca de 70% dos trabalhos concluídos. Ricardo ressalva, contudo, que pode até duplicar o número de operários que trabalham na obra, caso o governo estadual determine, para antecipar os prazos de conclusão. Atualmente, informa ele, trabalham no local cerca de 35 operários. A gerente de Infra-Estrutura da secretaria e fiscal da obra, Mara Santos, sustenta que, tecnicamente, a obra não chegou a paralisar, apesar dos imbróglios ocorridos no final de 2012. “Se não faltarem recursos e não surgirem problemas novos, acredito que é viável a conclusão até o início do segundo semestre”, afirmou. O presidente do Conselho Comunitário do Rio Tavares, Cedenir Silva, disse que a expectativa da comunidade local é que a escola esteja finalmente apta a iniciar atividades a partir do primeiro semestre de 2014, quatro anos depois do prazo previsto no cronograma original da obra, lançado em 2004, durante o primeiro mandato do ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Atualmente, a única escola de ensino médio em horário integral do Sul da Ilha funciona no prédio antigo da Escola Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, que atende 600 alunos. Orçado em R$ 5,8 milhões, que deverá encarecer por conta de um novo aditivo, o novo empreendimento de ensino da região terá 3.678 metros quadrados de área construída, no prédio principal, além de ginásio poliesportivo com 800 metros quadrados. Terá capacidade de abrigar até 2,2 mil alunos e, além do ensino médio convencional, deverá abrigar também cursos profissionalizantes. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/Arquivo/JC)