1 de abril de 2013

BICHOS & CIA: O cão de guarda

Um cão de guarda ou cão de vigia é um cão empregado para guardar ou vigiar contra animais ou pessoas indesejáveis ou inesperadas. Tanto cão de guarda quanto de vigia latem para alertar seus donos da presença de intrusos. O latido é também uma tentativa de espantar o intruso. A função do cão de vigia termina aqui, enquanto o cão de guarda pode ser treinado para reprimir ou atacar o intruso. Por exemplo, cães de guarda de uma criação de fazenda são frequentemente grandes o suficiente para atacar predadores como lobos. Em casos onde os intrusos mais comuns são seres humanos, cães de guarda são treinados simplesmente para reprimir o intruso com a orientação de seu dono. Ocasionalmente, cães de guarda são treinados para atacar intrusos humanos, ainda que essa prática seja ilegal em alguns locais.
Algumas raças são excelentes cães de vigia, mas não tão bons cães de guarda, pois latem alto para alertar seus donos, contra intrusos, mas não tem um comportamento agressivo. Segue uma lista de raças comumente usadas como cães de guarda: Akita Inu, Buldogue Campeiro, Bulmastife, Cane Corso, Castro Laboreiro, Dobermann, Dogue Alemão, Dogue Brasileiro, Fila Brasileiro, Kuvasz (Pastor Húngaro), Pastor Alemão, Pastor Belga, Rottweiler, Puli, Bulldog Americano e Poodle. Ter um cão de guarda pode representar mais segurança para quem mora em uma casa. Residências com cachorro sofrem menos tentativas de assalto do que aquelas que não os possuem.
No entanto, ter um cão de guarda requer conhecimento. A falta de informação ou inexperiência dos proprietários ocasiona a criação inadequada dos cães que, ao invés de guardar o dono, tornam-se uma ameaça para as pessoas que convivem com eles e também para a comunidade. Infelizmente, muitas raças de cães de guarda foram perdendo suas características originais, em razão de cruzamentos errados e não controlados. Por esse motivo, encontramos cães excessivamente agressivos e, o que é bastante comum, cães medrosos, que não se prestam à finalidade.
Há raças que não possuem instinto de guarda, no entanto, podem assustar pelo tamanho (exemplo: Dogue Alemão e São Bernardo), aparência (Boxer e Husky Siberiano) e até pela valentia e temperamento de alarme (Fox Paulistinha e muitos vira-latas). Não se pode esperar desses cães um comportamento de um cão de guarda, mas se o interessado desejar apenas um efeito moral, minimizando riscos de acidentes com a própria família, podem ser uma boa opção. Outro aspecto importante é conhecer eventuais problemas genéticos que possam afetar a raça. Rottweilers e os pastores alemães, por exemplo, podem ser acometidos de displasia coxofemural. Daí ser importante exigir do criador exames negativos dos pais do filhote para essa doença.
As raças de pelagem curta e pouco espessa não se adaptam bem em locais com invernos rigorosos. O doberman é um exemplo disso. Cães de pelagem longa, por outro lado, necessitam de cuidados, como escovação diária. Quem dispõe de uma casa com uma área pequena para manter o animal deve pensar duas vezes. Cães precisam de espaço e exercício. Também é um erro construir um canil e deixar o cão preso o dia todo. Para ter um cão de guarda, é preciso espaço suficiente para que ele possa se exercitar, e tempo disponível para passeios regulares. (Texto: Marcio Angelotti/www.oscaes.com.br)